A Microsoft ofereceu a cerca de 800 de seus funcionários, que são baseados em suas instalações na China, a oportunidade de se transferirem para outros países.
Vivaldo José Breternitz (*)
A maior parte desses profissionais, de nacionalidade chinesa, atua nas áreas de computação em nuvem e inteligência artificial. As oportunidades oferecidas estão em países como Estados Unidos, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia, como disse o Wall Street Journal.
A medida surge no contexto das crescentes tensões entre Estados Unidos e China, em que a administração do presidente Joe Biden impôs restrições às importações de vários produtos chineses, incluindo baterias para veículos elétricos, chips de computador e produtos médicos.
Além disso, o governo americano está restringindo a exportação para a China de chips e outros produtos ligados à inteligência artificial e está considerando a hipótese de aumentar essas restrições e tornar inviável, em termos de custos, a importação de veículos elétricos chineses.
A Microsoft disse ao WSJ que oferecer aos seus funcionários oportunidades em outros países é uma prática normal, desmentindo qualquer ligação desse fato com uma guerra comercial, ao mesmo tempo que reafirmou seus compromissos com a China.
Evidentemente são declarações que visam não gerar ruídos, mas que provavelmente não são inteiramente verdadeiras.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].