Não é segredo que a Meta, empresa que tem entre seus produtos o Facebook, o Instagram e o WhatsApp têm vivido momentos difíceis, pressionada por órgãos governamentais que temem que seu poder cresça desmesuradamente, por denúncias de que estaria ocultando informações acerca do perigo que seus produtos podem trazer a crianças e adolescentes etc.
Vivaldo José Breternitz (*)
A esses tem se juntado outro problema, muito grave para qualquer empresa: queda acentuada de receitas, em um momento que a empresa pretende fazer grandes investimentos na criação do metaverso.
Agora, as agências de notícias CNBC e Bloomberg relatam uma providência que a empresa está tomando para enfrentar esses problemas: corte de custos. Mas uma medida da Meta nesse sentido surpreendeu os observadores: a empresa está limitando a contratação de novos funcionários, revertendo postura que vinha adotando até muito pouco tempo, quando anunciara milhares de contratações, especialmente para desenvolvimento do metaverso.
A primeira medida foi suspender a contratação de engenheiros de software em início de carreira. Memorandos internos vazados, dão conta que CFO da empresa, David Wehner afirmou que haverá um congelamento de contratações até o final deste ano e que isso afetará quase todas as equipes da empresa, que não contratarão engenheiros, gerentes e diretores nesse período.
Será que tudo isso sinaliza o fim de um ciclo?
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de IoT.