A Meta encerrou seus programas para promoção de diversidade e inclusão. Nos Estados Unidos, esses programas são chamados DEI (diversity, equity and inclusion).
Vivaldo José Breternitz (*)
Além da Meta, outras empresas de grande porte, como McDonald’s, Walmart e Ford tomaram medidas semelhantes. Em memorando dirigido aos seus empregados, a Meta disse que “o cenário legal e político em torno dos esforços de diversidade, equidade e inclusão nos Estados Unidos está mudando”, apontando para recentes decisões da Suprema Corte e a visão distorcida que alguns têm do conceito de DEI, como fatores que a teriam levado a tomar essas medidas.
De acordo com o memorando, a Meta também deixará de exigir que seus parceiros de negócio adotem programas similares.
A mudança ocorre depois que Mark Zuckerberg, o CEO da Meta, se juntou a outros líderes do Vale do Silício para se aproximar do presidente eleito, Donald Trump. A Meta prometeu uma doação de US$ 1 milhão para as festividades de posse de Trump, que ocorrerá em 20 de janeiro.
A posição das empresas que estão abandonando seus programas DEI, reflete a rejeição ao que vem sendo chamado movimento Woke – termo que descreve atitudes excessivamente preocupadas com o politicamente correto, com a ultra sensibilidade das pessoas e com temas de natureza social. Alguns afirmam que pressões de grupos de extrema direita também tem influenciado essas decisões.
São situações diversas, mas é possível traçar um paralelo com o que vem ocorrendo no Brasil, onde a distribuição de diversos tipos de bolsas, sem nenhum controle, pode levar a uma situação em que as pessoas realmente necessitadas não recebam auxílio por falta de recursos.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].