Durante séculos, os matemáticos tem utilizado modelos para estudar a propagação de doenças. Na atualidade, novas tecnologias na área de computação tem dado mais velocidade e eficiência a esses estudos.
Vivaldo José Breternitz (*)
Agora eles estão analisando a pandemia do COVID, tentando entender claramente como a doença se espalhou e o que poderia ter sido feito para diminuir seu impacto.
Um artigo recente do nigeriano Abba Gumel, matemático e professor da Universidade de Maryland, mostrou que o número de casos de COVID que geraram mortes e hospitalizações teria sido drasticamente reduzido se as determinações para que as pessoas permanecessem em casa tivessem sido feitas uma ou duas semanas mais cedo.
Além disso, suas pesquisas comprovaram que o uso de máscaras e vacinas foram importantes para conter a doença.
Outros trabalhos da equipe do Professor Gumel forneceram informações sobre como as agressões ao meio ambiente aumentam as chances de doenças zoonóticas contaminarem populações humanas – doenças zoonóticas são aquelas transmitidas de animais para seres humanos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é estimada a existência de mais de 200 tipos de enfermidades desse tipo. Algumas das mais comuns são raiva, cisticercose, doença de Chagas e toxoplasmose.
Gumel disse recentemente, que os estudos de sua equipe pretendem sugerir providências a serem tomadas para prevenir novas epidemias, que ele considera serem muito possíveis.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.