Ransomware é um tipo de software que impede o acesso aos dados armazenados nos computadores de uma empresa ou pessoa.
Vivaldo José Breternitz (*)
Tendemos a acreditar que por razões culturais e pela existência de processos e controles rígidos, grandes companhias de tecnologia, especialmente em suas sedes no exterior, não são sujeitas a fraudes praticadas por seus funcionários.
Mas notícias recentes dão conta de um fato que invalida essa crença: um ex-funcionário da Apple confessou ter fraudado a gigante da tecnologia em mais de 17 milhões de dólares.
Dhirendra Prasad, um californiano de 52 anos, foi acusado por esses crimes e também por sonegação de impostos; ele trabalhou para a Apple entre dezembro de 2008 e dezembro de 2018 como comprador na área de Global Service Supply Chain.
Segundo os promotores que estão atuando no caso, Prasad usou sua posição de confiança na Apple para se envolver em vários esquemas diferentes para fraudar a empresa, incluindo receber propinas, roubar peças usando ordens de reparo falsas e fazer com que a Apple pagasse por itens e serviços que nunca recebeu.
Dois fornecedores também são acusados de serem cúmplices de Prasad – o trio também é acusado de evasão de impostos, em função do esquema usado para dividir o dinheiro roubado.
A justiça já permitiu que propriedades e aplicações financeiras de Prasad com valor ao redor de US$ 5 milhões fossem bloqueadas; sua pena, que será conhecida em março, pode ultrapassar 20 anos de prisão.
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.