A demanda por profissionais qualificados em inteligência artificial (IA) segue intensa.
Vivaldo José Breternitz (*)
Para tentar suprir suas necessidades, Israel pretende atrair, nos próximos três anos, pelo menos 200 especialistas estrangeiros altamente qualificados.
Entram no mercado naquele país, anualmente, entre 300 e 400 profissionais com diploma de pós graduação aptos a atuar em pesquisa e desenvolvimento de IA – esse número está muito abaixo das crescentes demandas no setor, de acordo com áreas do governo responsáveis pela gestão do tema.
Diversas empresas e organizações governamentais estão trabalhando para identificar ao redor do mundo especialistas em IA com diplomas acadêmicos avançados e tentar trazê-los para atuar no país.
Israel está entre os dez principais ecossistemas de IA, mas líderes da indústria e empreendedores de tecnologia tem dito que o país vem perdendo terreno na área e precisa implementar uma estratégia de longo prazo para alocar recursos para impulsionar a educação e a pesquisa acadêmica, incentivar startups e fornecer a infraestrutura e poder computacional necessário para desenvolver e executar modelos de IA.
Israel abriga mais de 2.200 empresas que atuam na área de IA, que representam um quarto das empresas de tecnologia locais, das quais mais de 60% são empresas de software.
Ziv Katzir, diretor do programa nacional de IA do governo israelense disse acreditar que esses esforços atrairão centenas de especialistas para Israel nos próximos anos, apoiando o desenvolvimento de startups e fortalecendo as capacidades e a posição global da indústria local.
Já no Brasil, alocamos nossos parcos recursos às emendas pix de nossos deputados e para engordar os penduricalhos de nossos juízes…
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].