Em dezembro de 2013, um ícone da indústria automobilística chegou ao fim: a Kombi.
Vivaldo José Breternitz (*)
André Walther Breternitz (**)
Por não ser possível instalar air bag e freios ABS no veículo, itens de segurança que estavam se tornando obrigatórios no Brasil, a Volkswagen resolveu tirá-la de linha definitivamente.
Lançada em 1950, começou a ser montada no Brasil em 1953 pelo grupo Brasmotor e, em 1957, passou a ser produzida localmente – foram fabricados cerca de 1,6 milhão de exemplares do veículo
Para marcar a despedida da Kombi, a VW lançou uma versão especial, a Last Edition, vendida por R$ 85 mil, contra os R$ 48 mil do modelo “normal”; esses R$ 85 mil equivaliam, em agosto de 2023, a R$ 175 mil. A ideia da VW era lançar 600 unidades numeradas de 001 a 600 – e identificadas por meio de uma placa no painel; a seguir, a empresa elevou esse número para 1.200.
A pintura da Last Edition era exclusiva, em tons de azul e branco, num estilo “saia e blusa”. Os pneus tinham faixa branca e os vidros eram escurecidos. Nas laterais, a perua tinha adesivos com a inscrição “56 anos – Kombi Last Edition”.
O interior também tinha itens em azul e branco, como a forração dos bancos em vinil e o revestimento das laterais, portas e porta-malas. O painel de instrumentos também trazia acabamento exclusivo e o sistema de som tinha MP3 player, LEDs vermelhos e entrada USB.
Para quem comprou no lançamento, foi um bom investimento: há Kombis Last Edition anunciadas para venda por R$ 205 mil.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas
(**) Especialista em Gestão de Seguros e Previdência pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.