A Califórnia estabeleceu uma meta ambiciosa em termos de energia eólica: o estado pretende ter a capacidade de gerar 25 gigawatts de energia eólica offshore até 2045, quase tanto quanto toda a Europa pode gerar hoje.
Vivaldo José Breternitz (*)
A ideia é criar parques de geração flutuando em pleno mar; nos Estados Unidos, iniciativas como essa existem apenas na costa leste, e em escala reduzida: há dois pequenos projetos nas costas de Rhode Island e Virgínia, capazes de gerar apenas 42 megawatts, embora esse estado tenha recentemente aprovado planos para construir o maior parque eólico dos Estados Unidos; Massachusetts também tem planos aprovados para construção de um grande parque eólico offshore.
Se essa meta for atingida, em 2045 100% da energia consumida na Califórnia virá de fontes renováveis; ali, já se produz mais energia solar do que qualquer outro estado americano, porém é necessário que haja geração também à noite, já que ainda não está disponível tecnologia que permita armazenar energia em quantidade suficiente para essa parte do dia.
Alcançar 25 gigawatts de capacidade eólica offshore até 2045 permitiria abastecer 25 milhões de casas, diz a Comissão de Energia da Califórnia, que estabeleceu uma meta intermediária, no sentido de atingir 5 gigawatts de capacidade até 2030.
O governo federal está trabalhando para energia eólica offshore em toda a costa americana, pretendendo gerar 30 gigawatts até o final desta década.
É uma meta ambiciosa, mas que se atingida certamente favorecerá a preservação do meio ambiente.
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.
