A empresa de software de inteligência artificial e análise de dados SAS e Coleman Parkes Research conduziram uma pesquisa acerca do uso de inteligência artificial generativa (IAG).
Vivaldo José Breternitz (*)
Foram ouvidos 1.600 executivos de 16 países, que atuam em setores como bancos, seguros, saúde, telecomunicações, manufatura, varejo e energia.
A pesquisa descobriu que as empresas chinesas são as líderes mundiais no uso de IAG – 83% dos entrevistados disseram que essa tecnologia é usada ou está sendo testada em suas empresas, números maiores que os 58% dos britânicos e os 41% dos americanos; a média foi 54%.
Os resultados ressaltam o rápido avanço da China no campo da IAG, corroborando os dados trazidos por um relatório da World Intellectual Property Organization, órgão da ONU que mostra a liderança da China na corrida por patentes nessa área. Esse país registrou mais de 38 mil até 2023, contra as pouco mais de seis mil registradas pelos Estados Unidos no mesmo período.
Embora muitos grandes provedores de serviços de IAG, incluindo a OpenAI, criadora do ChatGPT, enfrentem restrições na China, esse país desenvolveu uma indústria robusta na área, com produtos oferecidos por gigantes da tecnologia como ByteDance e também por startups como Zhipu.
A adoção IAG por empresas de todo mundo tende a se acelerar, pois a chegada de mais ferramentas desse tipo ao mercado deve fazer com que seus preços baixem.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].
