A indústria automobilística foi agitada pela recente visita de Elon Musk à China, um movimento que pretende fortalecer os laços da Tesla com o maior mercado automobilístico do mundo.
Vivaldo José Breternitz (*)
É a primeira visita de Musk à China desde a pandemia do COVID-19. O país é muito importante para a Tesla, pois ali foram vendidos mais da metade do veículos fabricados pela empresa.
Embora o Twitter, outro negócios de Musk seja proibido na China, o empresário é uma espécie de lenda para o povo chinês: ele tem mais de 2 milhões de seguidores no Weibo, uma plataforma similar ao Twitter, onde Musk compartilha sua admiração pela China, sua oposição à proibição da compra e venda de determinados produtos ocidentais ao país e seus planos de expandir seus negócios na China. Entre outras coisas, Musk disse no Weibo que “o programa espacial da China é muito mais avançado do que a maioria das pessoas imagina”.
Musk começou sua viagem jantando com Zeng Yuqun, presidente da CATL, a maior fabricante de baterias para veículos elétricos em todo o mundo. Há rumores acerca uma parceria da CATL-Tesla para construir baterias mais baratas nos Estados Unidos.
Musk também fez uma visita à Gigafactory, fábrica da Tesla situada em Shanghai, onde são fabricados seus veículos Model 3 e Model Y. Apesar das paralisações acontecidas em função da pandemia, a Gigafactory foi responsável pela exportação de cerca de 160 mil veículos em 2021, a maioria destinada à Europa e outros países da Ásia.
Goste-se ou não de Musk, é impossível deixar de reconhecer que ele é incansável, o que certamente é um dos motivos de seu sucesso como empreendedor.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.