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Depois do home office, surge o pub office

em Tecnologia
terça-feira, 18 de outubro de 2022

A pandemia fez aumentar o que aqui chamamos trabalhar em home office.

Vivaldo José Breternitz (*)

Agora que ela parece estar sob controle, o cenário torna-se confuso: empresas e profissionais muitas vezes têm opiniões divergentes acerca de qual o melhor local para se trabalhar – em casa ou no escritório.

Na Europa, há mais um fator para tornar as coisas ainda mais complexas: o ataque da Rússia à Ucrânia, entre outras coisas fez subir muito o preço da energia, esperando-se que as contas sejam muito altas no inverno que se aproxima. Além disso, a inflação está contribuindo para piorar a situação.

Os tradicionais pubs britânicos também têm sido prejudicados neste cenário, com queda de frequência, que inclusive fez alguns deles fecharem as portas.

Mas espíritos empreendedores estão procurando novas alternativas, dentre as quais se destaca o que chamaríamos no Brasil pub office: a ideia é dar aos profissionais a chance de desligar o caro aquecimento doméstico e trabalharem com seus seu notebooks em um pub quente e confortável.
Quase 400 pubs da cervejaria Fuller’s estão liberando o pub office por preços a partir de 10 libras esterlinas (cerca de R$ 55) ao dia, incluindo almoço e uma bebida. Outra grande cervejaria, a Young’s, que opera cerca de 220 pubs, por 15 libras oferece um sanduíche, chá e café à vontade.

O jornal britânico The Guardian diz que pubs independentes estão fazendo ofertas similares.

A Fulle’rs começou a oferecer o pub office em pequena escala durante a pandemia e agora parece ter abraçado de vez a ideia, com seu portal anunciado a disponibilidade de Wi-FI de alta velocidade, pontos para carregamento e até mesmo salas privativas para reuniões, além evidentemente de comida e bebida.

E finaliza dizendo “ao final do dia de trabalho, baixe a tampa do laptop e levante o copo”; pode ser uma ideia interessante!

(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.