Imagine que um profissional de saúde coleta um frasco de soro para aplicar em uma criança que precisa ser reidratada, e, por conta dos recipientes idênticos, aplica vaselina. É assim, na correria da rotina hospitalar, que riscos não geridos são concretizados e tragédias acontecem. Isso ilustra claramente como a gestão de riscos é importante nas instituições, e pode atuar como um verdadeiro guarda-costas da gestão hospitalar.
Baseada nas informações registradas em sistemas, a gestão de riscos compreende, antes de tudo, prever todas as possibilidades antes de um incidente acontecer, mapeando com inteligência estratégica e usufruindo da tecnologia.
“Quando uma empresa investe em Gestão de Riscos, ela está sinalizando um grande investimento na sustentabilidade da empresa, incluindo todas as áreas de seu negócio”, explica Sócrates Cordeiro, CEO da CeosGO, empresa especializada em produzir softwares que ajudam a simplificar a gestão de negócio em todos os segmentos de mercado.
Mas o risco também existe, seja numa instalação predial, seja num trabalho que não exige o uso de equipamentos. Tudo que envolve riscos deve ser percebido, avaliado e, por fim, ter um planejamento do que fazer para evitar incidentes.
De acordo com a pesquisa TIC Saúde 2022, dentre um universo de 120 mil estabelecimentos do setor no País, apenas cerca de 7.600 utilizam esse recurso, fundamental para a prevenção de riscos na atuação diária.
Segundo Sócrates, é muito comum que as empresas façam a gestão de risco por último. “Para muitos, gerir riscos é realmente o sinônimo de um grande trabalho, considerando os riscos de vida, perdas, financeiros, jurídicos. E claro que administrar tudo isso é realmente um desafio, mas é necessário dar um ‘start’ até que cheguemos no cenário ideal”, explica.
Para resolver esse problema, a tecnologia entra na mitigação dos riscos através do monitoramento das informações registradas no sistema hospitalar, fornecendo uma boa base para auxiliar o gestor na tomada de decisão. Segundo estudo da Markets & Markets, o mercado global de análise de dados na saúde deve chegar até US$ 85.9 bilhões até 2027, demonstrando a tendência mundial na busca pelo auxílio da tecnologia na gestão.
Uma gestão pautada pelo monitoramento desses dados consegue mapear os riscos de todos os setores e áreas do negócio, agindo assertivamente, identificando riscos por setores, monitorando projetos e planos de ação. Isso também permite um trabalho de forma proativa e preventiva, atribuindo fatores de risco, práticas de controle e os respectivos indicadores.
Seja na saúde ou em qualquer outro setor de atuação, a gestão pautada pela prevenção e monitoramento em tempo real acaba sendo uma grande aliada antes que algum problema aconteça.