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Crescem as vendas de software no Brasil

em Tecnologia
sexta-feira, 21 de maio de 2021

Vivaldo José Breternitz (*)

Segundo pesquisas da IDC – International Data Corporation – os provedores de software tiveram suas receitas aumentadas em 30% no ano passado, o que equivale a cerca de US$ 8 bilhões. O crescimento foi forte em ferramentas para gerenciamento de infraestrutura de TI, inteligência artificial e plataformas de relacionamento com o cliente.

Computação na nuvem também apresentou expressivo crescimento, na medida em que as empresas se voltam para soluções fora das suas próprias instalações como forma de acelerar seus planos de modernização e transformação digital. De acordo com a IDC, os gastos com nuvem pública no Brasil atingiram US$ 3 bilhões, incluindo serviços de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software como serviço (SaaS).

Ferramentas colaborativas, como G Suite, Zoom e Microsoft Teams também se destacaram, assim como o segmento de ferramentas ERP – esse último cresceu 25% em 2020. As vendas dessas ferramentas deverão continuar em alta, assim como as de CRM, pois as empresas buscarão aumentar o engajamento – tanto de seus funcionários quanto em termos de relacionamento com o cliente.

Acredita-se que em 2021 o crescimento não será tão grande como no ano passado, embora haja otimismo, acreditando-se que o mercado brasileiro de tecnologia da informação e comunicações, como um todo, deva crescer 7%, atingindo cerca de US$ 64 bilhões em 2021, com destaque para segurança, nuvem, inteligência artificial, ERP e user experience. No que se refere apenas a software, o crescimento deve superar 10%.

De acordo com outra empresa de pesquisas, o Gartner, os gastos globais com tecnologia da informação chegarão a US? 4,1 trilhões em 2021, um aumento de 8,4% em relação a 2020. Esse aumento será puxado pela China, América do Norte e Europa Ocidental, sendo a América Latina uma das últimas regiões a retornar aos níveis de gastos com TI anteriores à Covid-19, o que deve acontecer apenas em 2024.

(*) – Doutor em Ciências pela USP, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.