Um estudo conduzido pelo Instituto Butantan e publicado recentemente pela revista científica Viruses, demonstrou que a vacinação em massa realizada na cidade paulista de Serrana reduziu os casos graves e as mortes provocadas pela COVID.
Vivaldo José Breternitz (*)
Agora, é publicado pelo Journal of Global Health um estudo mais amplo e profundo, conduzido pelas universidades americanas de Maryland, York e Yale, que concluiu que sem a vacinação, teriam ocorrido nos Estados Unidos quatro vezes mais mortes – mais 3,25 milhões de vidas teriam sido perdidas.
Aconteceriam quase quatro vezes mais hospitalizações – foram evitadas 18,6 milhões e 1,5 vezes mais infecções – aconteceram 120 milhões. Também deixaram de ser gastos US$ 1,5 trilhão com despesas médicas.
Segundo o estudo, a velocidade sem precedentes em que as vacinas foram desenvolvidas e passaram a ser aplicadas, além de terem poupado muitas vidas, permitiram a flexibilização mais segura das restrições adotadas durante a pandemia e a reabertura mais rápida de empresas, escolas e outras atividades.
Ainda segundo os pesquisadores, dar sequência ao processo de aplicação de doses de reforço é fundamental para evitar novos contágios, hospitalizações e mortes.
Apesar desses e de outros estudos confirmarem a eficácia e importância das vacinas, muitos ainda não se convenceram disso e não se vacinaram, e aos seus dependentes, especialmente crianças e idosos.
Há também o desleixo, que faz com que muitos simplesmente não completem seu esquema de vacinação – isso acontece nos Estados Unidos e no Brasil.
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.
