Levantamento feito pela Ebit | Nielsen revela que, desde o início da pandemia, as vendas no e-commerce dispararam. No ano passado, a expansão foi de 41%, o maior crescimento dos últimos 13 anos. Já no primeiro semestre de 2021, houve um aumento de 31% em relação aos primeiros seis meses de 2020, chegando a R$ 53 bilhões em faturamento e mais de 100 milhões de pedidos.
Seguindo essa tendência, a Black Friday 2021 traz boas expectativas para as vendas. E esses resultados podem ser alavancados se as estratégias forem construídas com base no social analytics, a análise de dados obtidos nas redes sociais.
Paulo Pereira, CEO da Desbrava Data, plataforma SaaS de monitoramento e gerenciamento de dados nas redes sociais, destaca como empresas e marcas podem encontrar oportunidades, perceber tendências e monitorar as estratégias da concorrência, para extrair o que de melhor o social analytics pode revelar para a Black Friday.
Escolher e usar influenciadores
Por meio de ferramentas de análise de conteúdo e desempenho nas redes sociais, marcas e lojas podem entender quais influenciadores engajam mais sua audiência, têm maior poder de persuasão e mais fit, tanto com o seu produto, quanto com o seu público.
Identificar oportunidades e tendências em tempo real
Outra vantagem é ter acesso a insights e dados em tempo real sobre assuntos, necessidades e produtos citados pelas pessoas nas redes sociais. “Essa é uma das mais importantes entregas que fazemos aos nossos clientes. Com isso, eles conseguem identificar quais serviços ou produtos podem ser ofertados – por meio de uma promoção, anúncio especial ou publicação com link para a loja virtual – buscando atender a demanda declarada pelo público por meio de interações, likes, comentários e compartilhamentos”, explica Pereira.
Estratégias para vender mais
As redes sociais oferecem diversas possibilidades para despertar a necessidade, gerar interesse e até mesmo comprar dentro da própria plataforma, como é o caso do Instagram. “Mesmo para quem não deseja usar a opção de loja virtual na rede social, elas são poderosas ferramentas para fazer publicidade e gerar conteúdo com foco em conversão de vendas, como promoções, condições especiais, frete grátis, descontos, entre outras possibilidades, direcionando o tráfego para a página de venda do produto ou serviço”, sugere o CEO.
Planejamento de marketing digital
O social analytics permite que o negócio se antecipe à Black Friday com mais segurança, gerando dados importantes para estimar a demanda, providenciar os estoques e trabalhar – com antecedência – conteúdos que ajudam a aquecer e estimular a necessidade na audiência. “Fica mais fácil gerar conteúdo reafirmando a necessidade do produto ou serviço e destacando as vantagens e dores que ele resolve, para que, durante o período de oferta, as pessoas já estejam desejando adquiri-lo”, aponta o executivo.
Monitorar KPIs e performance
Durante a Black Friday, Pereira destaca que o social analytics ajuda a avaliar a performance e acompanhar os KPIs, o que, por sua vez, facilita o cálculo do retorno do investimento em mídia e do desempenho de anúncios realizados com influenciadores. “Essa análise no durante permite, inclusive, a tomada de decisão sobre ajustes que podem ser feitos enquanto os conteúdos e as campanhas ainda estão no ar”.
Já depois da Black Friday, é a vez de avaliar o desempenho final das campanhas versus os valores de venda/comercialização durante o período promocional.
Ficar de olho na concorrência
O monitoramento dos concorrentes pode ser utilizado para muitos fins, como identificar tendências e novidades, além de analisar e observar como as outras empresas estão se comportando nas redes sociais. Para isso é necessário fazer uso de ferramentas que capturem os dados de maneira eficiente e assertiva.
Principais erros e como evitá-los em ações de social media na Black Friday
Pereira alerta que, de nada adianta um bom planejamento para a Black Friday, se o empreendedor não adotar certos cuidados. Ele aponta que o principal erro a ser evitado é a frustração dos consumidores, seja com falsas promoções, em que o preço anunciado na rede social é diferente daquele apresentado no site ou o desconto é inferior ao praticado antes da Black Friday, links quebrados que não funcionam, produtos ou serviços que seguem sendo anunciados, mas já não existem mais no estoque ou sob as condições anunciadas. “Vários desses erros são, inclusive, passíveis de punição segundo o Código de Defesa do Consumidor. Além da questão legal e do respeito aos clientes, esse tipo de prática coloca em risco a reputação do negócio e os resultados pretendidos com as estratégias planejadas para a data”.