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Cinco vilões que assombram recrutadores de TI na hora da contratação

em Tecnologia
segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Currículos desatualizados e mal formatados podem comprometer as chances de sucesso em uma seleção. No mercado de tecnologia, onde a procura por vagas é competitiva e desafiadora, esses obstáculos merecem ainda mais atenção; erros cometidos pelos candidatos, muitas vezes imperceptíveis e aparentemente insignificantes, podem ter um impacto considerável no processo seletivo.

“Este documento representa a primeira impressão que o candidato transmite ao recrutador. Por ser a principal forma de apresentação profissional, ele precisa ser claro, objetivo e isento de erros, aumentando assim as chances de ser selecionado para entrevista. Um pequeno descuido pode impactar negativamente a avaliação do perfil, levando à eliminação instantânea”, explica Samyra Ramos, gerente de marketing na Higlobe, fintech de recebimentos para brasileiros que trabalham remotamente para os EUA.

Em clima de Dia das Bruxas, a especialista compartilha cinco vilões que aterrorizam o caminho de desenvolvedores que buscam uma vaga no mercado de tecnologia. Confira:

1- O zumbi das generalidades
Esse vilão é um clássico dos currículos que não dizem nada específico. São descrições, como “Experiência em desenvolvimento de software”, que deixam os recrutadores se perguntando: “Mas o que exatamente ele faz?”. No mundo do desenvolvimento, ser específico é a chave. Fale sobre as linguagens, frameworks, tecnologias que domina e cite projetos concretos.

2- Assombração das falhas ortográficas
Um currículo cheio de erros ortográficos é como um filme de terror mal feito que causa sustos pelos motivos errados. Especialmente para os desenvolvedores que precisam demonstrar atenção aos detalhes, ter uma escrita correta é primordial. Por isso, revise o documento, use ferramentas de correção e, se possível, peça para alguém verificar. Saiba que pequenos erros podem custar muito, deixando a impressão de desleixo e falta de cuidado.

3- O vampiro da sobrecarga de informações
Esse vilão se alimenta de currículos que drenam a energia do recrutador com excesso de detalhes. Por mais que a tentação seja listar todas as conquistas e experiências desde que começou a programar, o currículo não deve ser um testamento interminável. Foque nos pontos mais relevantes para cada vaga, use uma linguagem concisa e lembre-se de que um documento eficaz é aquele que permite ao recrutador compreender as qualificações em poucos minutos.

4- A névoa da ausência de resultados
Os desenvolvedores que não mostram resultados práticos em seus currículos ficam perdidos na névoa, ocultando o impacto que geraram em projetos anteriores. É essencial ir além da descrição de tarefas e focar nas resoluções. Qual foi a melhoria que trouxe? Reduziu o tempo de execução de um sistema em 30%? Aumentou a eficiência de um processo? Mostrar números permite que os recrutadores vejam seu verdadeiro potencial.

5- O Frankenstein das soft skills mal costuradas
Por fim, temos o monstro que emerge da colagem de habilidades genéricas, desconexas e muitas vezes irrelevantes. Destacar soft skills como “trabalho em equipe” e “boa comunicação” é importante, mas é preciso contextualizá-las. Explicar como elas foram aplicadas em projetos específicos ajuda o recrutador a entender o impacto real do candidato. Em vez de listá-las de forma solta, conecte as habilidades de modo orgânico, demonstrando como elas contribuem para o perfil profissional de forma coerente e relevante.