O New York Times informou que a Casa Branca emitiu um documento com diretrizes para o uso de inteligência artificial (IA) pelas forças armadas e agências de inteligência.
Vivaldo José Breternitz (*)
As diretrizes são voltadas ao uso de IA nas operações diárias dessas organizações, definindo prazos para que sejam definidos detalhes quanto às aplicações e regulamentos para uso das ferramentas de IA. O documento também visa limitar “as possibilidades mais distópicas, incluindo o desenvolvimento de armas autônomas”, de acordo com jornal.
Ao anunciar as diretrizes, o Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan manifestou preocupações sobre o uso da IA pela China para controlar sua população e disseminar desinformação. Disse também que o documento pode fomentar entendimentos com outros países que estão trabalhando para implementar suas próprias estratégias de IA.
As diretrizes estabelecem alguns limites rígidos para o uso de IA, especialmente quando se trata de sistemas de armas, dizendo que a IA não pode ser usada para tomar decisões quanto à utilização de armas nucleares. IA também não pode atribuir status de asilo a imigrantes que chegam aos Estados Unidos; IA também não pode rastrear pessoas com base em sua raça ou religião ou determinar que um suspeito é um terrorista – nesses casos IA deve ser vista sempre como uma ferramenta auxiliar.
O documento também trata da proteção do conhecimento sobre IA avançada, que são definidos como “ativos nacionais que precisam ser protegidos… de espionagem ou roubo por adversários estrangeiros”, de acordo com o New York Times. As agências de inteligência do governo são orientadas a ajudar as empresas privadas que desenvolvem trabalhos nessas área.
Nos tempos em que vivemos, os governos devem cada vez preocuparem-se com esse assunto.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].