Vivaldo José Breternitz (*)
As organizações e os funcionários que trabalham em escritórios vêm acompanhando os movimentos das grandes empresas em termos de retorno ao trabalho presencial. Nessa linha, está em foco a nota enviada pelo CEO da Apple, Tim Cook, aos seus funcionários baseados nos Estados Unidos: eles retornarão aos escritórios a partir de 1º de fevereiro, como parte de um novo projeto piloto que se concentra em uma forma híbrida de trabalho.
De acordo com a nota, o retorno será gradativo, não havendo volta total ao trabalho presencial antes de meados de 2022. A partir de fevereiro, os funcionários irão ao escritório um ou dois dias por semana, chegando a três em março. O pessoal trabalhará em turnos, de forma a evitar a superlotação dos espaços. Para equipes que tenham maior necessidade de trabalhar presencialmente, haverá permissão para maior permanência no escritório.
Haverá também, para todos, a possibilidade de trabalhar remotamente por até quatro semanas no ano, um aumento em relação às duas semanas anunciadas pela Apple no início de 2021. Segundo Cook, isso permitirá aos funcionários mais oportunidades de viajar, estarem mais próximos da família ou apenas mudarem a rotina. A empresa havia anunciado planos de trabalho híbrido a partir de junho passado; depois disso, aconteceram diversos adiamentos, que também aconteceram nos casos de outras big techs, como a Meta e a Microsoft.
O fato é que essas grandes empresas vêm acompanhando a evolução da pandemia e adaptando seus planos a ela. Com o recrudescimento dela na Europa e o número relativamente grande de não vacinados nos Estados Unidos, é provável que seus planos sofram novas modificações.
(*) – Doutor em Ciências pela USP, é professor do Programa de Mestrado Profissional em Computação Aplicada da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
