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AllowMe explica novo golpe do “celular provisório”

em Tecnologia
quinta-feira, 09 de dezembro de 2021

O AllowMe, plataforma de proteção a identidades digitais, identificou em sua base de dados uma nova fraude em crescimento nos últimos tempos: o golpe do celular provisório. O fraudador tem como principal objetivo utilizar uma linha de celular alternativa com sua foto para alcançar seus familiares e amigos e solicitar alguma quantia para uma “emergência”.

“Nesse golpe, o fraudador tem informações relevantes como, por exemplo, o grau de parentesco da pessoa que ele está em contato” diz Fernando Guariento, head de Professional Services do AllowMe. Uma das formas mais comuns de aproximação do golpista é dizer que o celular dele quebrou e precisou comprar um novo chip para utilizar em um celular provisório. “Com essa desculpa, o fraudador pede uma transferência em dinheiro para alguma urgência, já que no novo celular o aplicativo do banco ainda não está autorizado a fazer esse tipo de transação” comenta Guariento.

Esse golpe vem sendo aplicado com frequência no WhatsApp e, apesar de o número de telefone ser diferente, as pessoas se sentem confortáveis porque estão conversando com uma conta que possui a foto de quem diz estar falando e ainda as chamam pelo nome.
Essa fraude está relacionada com vazamentos de dados, os fraudadores estão se aproveitando de inúmeros vazamentos que ocorreram nos últimos meses. Para eles, é simples encontrar na internet o nome completo, telefone e até mesmo CPG, RG e e-mail de uma pessoa. “Com esses dados é fácil encontrar alguma rede social. Temos o costume de marcar familiares e deixar explícito nas legendas das fotos qual o grau de parentesco com eles, e são com essas informações que o fraudador age” completa Fernando.

Após fazer essa pesquisa, os golpistas simplesmente baixam uma foto e entram em contato para relatar uma emergência e pedir dinheiro – e a maioria acha que o telefone da outra pessoa foi clonado. Mas na verdade quem está ali, conversando com o fraudador, é quem teve os dados vazados.

“Quando o golpista consegue seus dados e faz uma pesquisa em suas redes sociais, ele não possui o telefone de seus pais ou irmãos, mas o seu. Portanto, ele verifica em seu perfil quem são as pessoas mais próximas e se passa por elas para aplicar um golpe em você” finaliza.

O que fazer para escapar desse golpe?
O ideal é não deixar as redes sociais abertas para que qualquer um possa acessar. Esse é o primeiro passo para que os golpistas não consigam saber quem são pessoas próximas a você. Se você já possuir as contas de redes sociais fechadas apenas para amigos e parentes e mesmo assim sofrer esse tipo de ataque.

Isso ocorre porque, provavelmente, você acabou caindo em algum phishing que deu acesso ao fraudador às suas contas, como do Google, por exemplo, o que deixaria possível ao golpista baixar todos os seus contatos (e assim saber quem é seu pai, sua mãe, etc). Por isso, sempre preste atenção nas URLs e não saia clicando em qualquer anúncio ou link que recebe pela internet.

Outro ponto importante é sempre desconfiar quando alguém pede dinheiro a você. Se um parente (ou alguém se passando por ele, inclusive com a foto) entra em contato e diz que teve um problema e precisa de dinheiro sempre cheque com ele no número principal. Além disso (e aqui talvez seja o passo mais importante), peça para fazer uma chamada de vídeo com a pessoa que está falando com você.