O mundo foi acometido pela maior crise sanitária que se tem registro nos últimos cem anos, pegando de surpresa toda a sociedade, ceifando vidas humanas, desorganizando as economias mundiais e gerando um reflexo impactante na atuação das empresas.
Marco Wasser (*)
Vale destacar que para atender os novos desafios trazidos pela pandemia, a medicina, setor prioritário para seu combate, precisou reinventar-se a toque de caixa. Para tanto, novos recursos foram alocados em tempo recorde que permitiram trazer a tecnologia como aliada e garantir o processo contínuo de transformação digital.
Nesse cenário de estresse total, os sistemas e programas operando em rede, sem falhas ou interrupções e com conectividade otimizada se tornaram ainda mais necessários e vitais para garantir que as empresas do setor, como hospitais e redes de clínicas, pudessem operar com segurança e dinamizar os atendimentos.
Apesar desta necessidade, a consultoria Gartner alerta que apenas 52% desses locais contam com um planejamento digital e estratégias efetivas para o uso da tecnologia no dia a dia. A consultoria também ressalta que, mesmo com os avanços, ainda faltam recursos para a digitalização dessas instituições de saúde. Sem dúvidas, a pandemia conseguiu acelerar o processo de investimentos no setor, em virtude do crescimento da Telemedicina, triagem eletrônica, monitoramento à distância e terapias online – atividades que, de acordo também com a McKinsey, podem ser suportadas por soluções de tecnologia.
Acredito que o primeiro passo rumo à digitalização será a implementação de uma infraestrutura de conectividade bem planejada, com novas tecnologias que possam otimizar o desempenho das redes e proporcionar a interação do paciente ao seu tratamento, consulta e médico, seguindo o propósito da Saúde 5.0, em que o paciente é o protagonista e está no centro do sistema.
Neste cenário, soluções de conectividade robustas, como o recém-lançado Wi-Fi6 de nível corporativo e a incorporação dos sistemas de gestão em nuvem cujas informações dos prontuários eletrônicos podem ser acessadas de qualquer lugar, passam a ter uma relevância enorme. Além disso, a utilização de recursos de Big Data que capturam e analisam grandes volumes de dados para agilizar o processo de diagnósticos, ajudam a antever complicações para a definição de tratamentos mais assertivos, proporcionado assim mais qualidade de vida aos pacientes.
Num futuro próximo, a chegada da rede de telecomunicações 5G será também essencial para diminuir a lacuna da digitalização, bem como viabilizar projetos mais sofisticados de Internet das Coisas (IoT), pois sua alta velocidade e baixa latência permitirá a integração entre objetos do cotidiano à internet, desde smartwatches que monitoram funções vitais até cirurgias à distância, elevando a medicina digital a um novo patamar de excelência e segurança e dessa forma beneficiando todo o ecossistema da saúde 5.0.
A medicina já vinha passando por um processo de automatização e modernização de dispositivos e recursos impulsionada por tecnologias emergentes, ou seja, o conceito de saúde conectada 4.0 já evoluiu para a versão 5.0, a saúde humanizada, configurando a próxima revolução no setor, que só será possível, com a adoção de soluções de conectividade que garantam o relacionamento seguro, de qualidade e ágil entre os pacientes e demais players que atuam na saúde.
(*) É gerente de vendas Enterprise do Grupo Binário.