“No futuro, haverá um computador em cada mesa de escritório e em cada casa”.
Vivaldo José Breternitz (*)
Com esta visão utópica, em 4 de abril de 1975, Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft, que se tornaria uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, atualmente entre as protagonistas na corrida pela inteligência artificial.
Tudo começou quando Gates e Allen, amigos com paixão por informática, desenvolveram um software para então o popular microcomputador Altair 8800, também lançado em 1975: ele permitia traduzir programas escritos na linguagem Basic em instruções compreensíveis para Altair.
Em 1985, a empresa lançou a primeira versão do sistema operacional Windows; em 1995, lançou o Windows 95, um sistema operacional que revolucionou a forma como as pessoas interagiam com os computadores, trazendo uma interface gráfica intuitiva, o botão “Iniciar”, a barra de tarefas e outras funcionalidades que tornaram os computadores acessíveis para usuários menos experientes.
Novidades aconteceram a partir de 2000, quando Steve Ballmer tornou-se o novo CEO. A empresa lançou então o console de videogame Xbox e o motor de busca Bing.
A Microsoft a partir dessa época passou a fazer mega aquisições, como a do Skype (que sairá do ar em 5 de maio), a da Nokia que a levou para a área de telefonia celular e a do LinkedIn.
Nessa caminhada enfrentou percalços, como o que aconteceu em 2004, quando a União Européia iniciou uma ação antitruste acusando a Microsoft de abuso de posição dominante com o Windows, resultando em uma multa recorde para a época de 497 milhões de euros.
O Windows foi considerado prioritário pela empresa até a chegada do novo CEO Satya Nadella em 2014, que fez do “mobile” e da “nuvem” as prioridades da Microsoft.
Agora, a gigante da tecnologia está cada vez mais voltada para a inteligência artificial, tendo investido fortemente na OpenAI e lançado seu chatbot Copilot, um assistente de inteligência artificial que permite executar e simplificar várias tarefas.
Dado o cenário extremamente volátil em que vivemos, será que a empresa conseguirá comemorar seu centenário em 2075?
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – vjnitz@gmail.com.
