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Você tem medo da mudança?

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segunda-feira, 29 de abril de 2024

A zona de conforto, o local em que muitos se encontram, se chama assim porque ela é muito confortável mesmo. Para sair dela, é necessária muita motivação, vontade de descobrir e coragem para se arriscar. Mudar é algo natural do ser humano, mas na verdade, nós somos programados para resistir.

Nosso cérebro está constantemente tentando automatizar nossos comportamentos, para que seu trabalho de processamento seja concluído mais rapidamente, com mais eficácia e em um nível metabólico inferior. Quando estamos diante de um cenário de mudança e precisamos lidar com novas variáveis, isso exige um nível de conscientização e assimilação, que é lento, sujeito a erros e que consome muita energia mental.

De uma forma bem simples, nossa mente interpreta a mudança como uma ameaça, algo que vai trazer sofrimento, gastar muita energia e nos diz: “fique bem longe disso!”. Para Leila Santos, coach e especialista em comportamento humano, aceitar o medo e sentir insegurança é um fenômeno natural de todo ser humano em relação ao novo.

“Sair da zona de conforto e adaptar-se ao novo exige muita energia mental e física, portanto é importante dar mais atenção aos cuidados com a saúde durante esse momento. Estudos mostram que nosso corpo responde ao estresse como se tivesse sido atacado e nosso sistema imunológico tenta lutar contra o inimigo invisível como se fosse uma gripe.

Isso significa que devemos fazer boas escolhas para fortalecer o nosso sistema imunológico: fazer atividade física, se alimentar adequadamente, dormir bem e fazer coisas que promovam o bem-estar”, reforça. Se a mudança na vida pessoal já traz muitos dilemas, na profissional os dilemas são ainda maiores. A ausência de interesse no trabalho e na profissão pode ser um sinal claro de que mudanças são necessárias.

As mudanças no ambiente corporativo tem aumentado consideravelmente o número de insatisfeitos com o trabalho. De acordo com a Dra Britt Andreatta, autora do livro Programados para Resistir, 50% a 70% das iniciativas de mudanças organizacionais falham em grande parte pela falta de cuidado com a transição.

“A maioria das empresas se concentra no processo estrutural da mudança: desenvolver um processo novo, implantar ou substituir um sistema, mas negligencia a transição, a resposta emocional das pessoas ao plano de mudança. Esta dimensão da mudança é emocional, reativa e envolve um processo de adaptação e ajustes de comportamento.

Podemos dizer que implementar uma mudança sem cuidar da transição seria a mesma coisa que levar um barco de um ponto a outro sem a tripulação e passageiros”, explica Leila.

O sucesso de uma mudança organizacional depende de um planejamento estratégico, tático e operacional bem alinhados e que levem em conta os elementos essenciais para uma transição bem sucedida. Com isso em mente, orquestrar as diferentes iniciativas em andamento na empresa, pode evitar ou minimizar o que é chamado de fadiga da mudança.

“De acordo com a Dra Janet Fitzell a fadiga da mudança ocorre quando as pessoas se sentem impotentes e quando o ambiente de trabalho parece ter se tornado uma iniciativa de mudança interminável. A liderança das empresas precisa reconhecer o efeito desgastante que a mudança tem sobre os funcionários e como essa exaustão pode diminuir a produtividade, reduzir o engajamento e aumentar as demissões voluntárias”, reforça.

Seja ativo na mudança: informe-se, faça perguntas, encontre um propósito dentro do processo, olhe para além do momento atual e investigue possíveis ganhos futuros. Tenha parceiros, faça alianças e peça ajuda. Nunca estamos sós! – Fonte e outras informações, acesse: (https://leilasantos.com.br).