A produção industrial começou o ano de 2022 em um ritmo menor, seguindo a tendência do segundo semestre do ano passado, informou ontem (15) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o boletim Sondagem Industrial, a produção, o emprego e a utilização da capacidade instalada recuaram de dezembro para janeiro. O índice de evolução da produção ficou em 43,1 pontos, ante os 43,3 registrados em dezembro, mês marcado pela desaceleração da produção industrial.
Além disso, o resultado está abaixo da linha divisória de 50 pontos entre queda e crescimento da produção industrial. “O índice de janeiro é praticamente o mesmo de dezembro de 2021, o que reforça a tendência de queda da produção industrial”, avalia a CNI. Os números refletem o desempenho de pequenas, médias e grandes empresas que atuam na indústria em geral, na indústria extrativista e na de transformação.
O resultado também mostra que, no mês passado, o emprego também ficou abaixo da linha divisória em janeiro de 2022 em relação a dezembro de 2021, quando ficou em 48,6 pontos. “O índice de evolução do número de empregados alcançou 48,8 pontos em janeiro, o que representa queda, uma vez que o índice ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos que separa queda de alta do emprego”, diz o boletim.
Já a utilização da capacidade instalada das indústrias caiu um ponto percentual ao registrado em dezembro, ficando em 67%. É o segundo mês consecutivo de queda.
O resultado é dois pontos percentuais menor do que o registrado em janeiro de 2021 (69%) e está igual à média do registrado em janeiro de anos anteriores (67%). Apesar dos indicadores, as expectativas dos empresários seguem, em fevereiro, com a mesma tendência de otimismo moderado apontada em janeiro, com tendências distintas em relação à expectativa de demanda e à expectativa de exportação. Um índice que mantém expectativa positiva é o número de empregados que registrou um aumento de 0,5 ponto na comparação de janeiro com fevereiro, ficando em 52,1 pontos (ABr).