Um estudo realizado pela Harvard Business Review apontou que 73% dos consumidores usam mais de um canal durante sua jornada de compra. “Esse dado pode parecer distante do varejo alimentar, mas não é. E a grande indústria já percebeu esta tendência e investe pesado em marketing digital e nas estratégias online e omnichannel”, afirma Fernando Bravo, fundador e CEO da VipCommerce, empresa de tecnologia especializada no segmento de e-grocery.
Conforme ele explica, após o fenômeno da transformação digital, uma parcela significativa da população passou a utilizar cada vez mais a tecnologia para realizar tarefas simples do dia a dia. Atualmente, o Brasil conta com 230 milhões de smartphones em uso. “Os planos deixaram de ser comercializados em minutos para serem vendidos em dados. Isso abriu uma avenida de oportunidades para que fossem criadas experiências híbridas ao consumidor, gerando muito mais proximidade entre loja e cliente”.
O especialista elencou as quatro principais tendências para o varejo alimentar online em 2021:
1 – Adoção da estratégia figital = físico + digital – Existe, nesse momento, uma digitalização acelerada do varejo, uma vez que o contexto atual está tracionando fortemente a evolução digital das empresas de modo geral. “Para o próximo ano, a expectativa é que as empresas invistam cada vez mais na estratégia figital, ou seja, na confluência de canais físico e digital”, opina o CEO da VipCommerce.
O primeiro passo para isso é a adoção de um plano de construção de um canal online para aprimorar a relação com os clientes e gerar proximidade. Segundo dados do IBGE de 2018, o principal fator de escolha dos supermercados, elencado com 52% de relevância, é a proximidade – isso em todas as classes sociais. O meio online é o principal elo de ligação do tecido omnichannel, conectando e impulsionando as demais estratégias de vendas.
2 – Compatibilidade dos canais online e off-line – Alguns varejistas lutam contra a compatibilidade dos canais físico e digital por acreditarem que precisam privilegiar um deles, mas isto é um equívoco. Isso porque, enquanto o canal online sustenta o relacionamento e a fidelização do consumidor, o off-line é aquele que converte as vendas.
É fundamental relacionar os dois mundos, mantendo ações sempre equivalentes em ambos os espaços. A cultura omnichannel prevê que não haja atritos entre online e off-line. Como exemplo, é bom lembrar que a indicação de preços iguais nos dois canais é uma pedra fundamental para a relação igualitária, bem como condições promocionais, sorteios, etc.
3 – Geração de experiências híbridas – Cada vez mais, vamos presenciar estratégias que propiciem experiências híbridas para os consumidores, como por exemplo opção de drive thru, compre e retire, utilização do aplicativo para finalidades dentro da loja física, ofertas pelo celular de acordo com o comportamento de compras.
Dentro deste contexto, uma tendência relevante para os próximos anos será a utilização dos apps para recursos durante as compras in loco, bem como evoluções relacionadas ao delivery – processos avançados de separação, empacotamento e entrega rápida.
4 – Adoção de soluções cada vez mais robustas – Em cerca de dois anos, a tendência é que haja uma evolução significativa dos sistemas adotados pelo varejo alimentar. O clímax da estratégia figital será o chamado Shop & go, no qual o cliente realiza a compra pelo app dentro da própria loja e já retira, utilizando um dispositivo para uma experiência de compra rápida e dinâmica.
Daqui para a frente, dentro da perspectiva omnichannel, as empresas de varejo alimentar passarão por um intenso aprendizado sobre o comportamento de consumidor e serão capazes de gerar campanhas, ofertas, promoções e muito mais de acordo com aquele cluster de clientes, de forma muito mais assertiva.
Fonte e mais informações: (www.vipcommerce.com.br).