O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse ontem (3) que o desempenho abaixo do esperado do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) é responsabilidade dos governos anteriores. “Estamos estagnados desde 2009, estatisticamente com o mesmo desempenho no Pisa”, argumentou em coletiva de imprensa.
“O governo do PT construiu [ao lado do ministério] a lápide da educação, que é o mural do Paulo Freire. Ele representa esse fracasso absoluto”, acrescentou. “Em matemática, o Brasil ficou em último lugar na América do Sul, empatado com a Argentina. Em ciências ficou em último lugar, também empatado com a Argentina e Peru. E em leitura ficamos à frente apenas de Argentina e Peru”, disse Weintraub.
“É difícil piorar porque já estamos na parte de baixo da tabela”, complementou o presidente do Inep, Alexandre Lopes. “Nosso objetivo é mudar isso. Vocês vão ver que o ponto de inflexão será 2019, graças à nova política nacional de educação, aos treinamentos e capacitações que serão implementadas ano que vem, por meio da internet, e pela expansão do ensino em tempo integral”, disse Weintraub.
As escolas técnicas também ajudarão o Brasil a melhorar seu desempenho nas próximas avaliações do Pisa, segundo Weintraub. “Cinquenta por cento dos jovens na Europa fazem ensino técnico. No Brasil, apenas 8%. O número caiu nos últimos anos, de 2 milhões para 1,8 milhão. Nós estamos aumentando para 3,4 milhões” (ABr).