O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou ontem (8) sobre o ataque iraniano contra duas bases usadas por militares americanos no Iraque e, usando um tom mais moderado, disse estar “pronto a abraçar a paz”. O discurso começou com a confirmação de que o bombardeio às bases de Ayn al-Assad e Erbil não deixou mortos nem feridos e de que os danos materiais foram “mínimos”.
Trump voltou a justificar o bombardeio que matou o general iraniano Qassem Soleimani, afirmando que era o “maior terrorista do mundo” e ameaçava vidas americanas. O magnata acrescentou que “todas as opções estão na mesa” para enfrentar o Irã, mas anunciou novas sanções econômicas, o que indica que, ao menos por enquanto, a via militar está descartada para responder ao ataque da última madrugada.
De acordo com Trump, as sanções permanecerão até Teerã “mudar seu comportamento”. “O Irã criou um inferno no Iêmen, na Síria, no Líbano, no Afeganistão e no Iraque e deve abandonar suas ambições nucleares e encerrar o apoio ao terrorismo”, disse, reafirmando que o
país persa financia e treina o grupo libanês Hezbollah e os rebeldes houthis no Iêmen. Além disso, apoia milícias xiitas no Iraque.
Apesar do tom moderado, Trump também cobrou da OTAN uma postura mais ativa no Oriente Médio e exigiu das outras potências a ruptura definitiva do acordo nuclear de 2015. Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia ainda tentam salvar o tratado, mas o presidente dos EUA disse que é hora de “quebrar o acordo” e fazer com que o Irã assine um pacto que “torne o mundo um lugar mais seguro e pacífico” (ANSA).