O Senado respondeu à ofensa do presidente Jair Bolsonaro ao educador Paulo Freire com a aprovação de uma sessão especial em homenagem ao patrono da educação brasileira. O requerimento partiu do líder do PDT, senador Weverton (PDT-MA), com outros senadores.
Ao debater a iniciativa, os senadores condenaram Bolsonaro, que chamou Freire de “energúmeno”, na segunda-feira (16), quando saía da residência oficial do Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele também declarou que a programação da TV Escola “na verdade deseduca os brasileiros”. O senador Fabiano Contarato (Rede) fez duras críticas ao presidente e chegou a pedir a renúncia do chefe do Executivo.
Contarato disse que não poderia se calar diante disso e recomendou que Bolsonaro leia algumas obras, como Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Indignação. O senador Weverton, por sua vez, lembrou que Paulo Freire dedicou toda a sua vida à causa social e reconhecê-lo é reconhecer a história do Brasil.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também saiu em defesa de Paulo Freire ao dizer que ele é o brasileiro mais homenageado em todos os tempos, reconhecido pela Unesco não somente pela condição humana, mas pela obra em prol da educação (Ag.Senado).