O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO PESSOAL
Sou pedagoga formada há 30 anos e venho realizando trabalhos de desenvolvimento, educação e formação de adultos durante todos estes anos. Meu maior desafio está em despertar no outro, o que ele tem de melhor, suas experiências, suas histórias de vida e seu talento.
Ana Penarotti |
Ana Penarotti (*)
Sabemos que o conhecimento está dentro de cada um de nós, basta entrarmos em contato com ele. O Homem, assim como a natureza dependem de estímulos para desabrochar “como lâmpadas de Aladim”, assim disse o Prof. Taunay Daniel em um seminário na Unipaz/SP, precisamos ser tocados para despertar o nosso “Gênio”, a nossa luz. Precisamos nos conhecer e descobrir o nosso talento, o que há de melhor em nós pra despertar nossos potenciais Gênios. Ter uma boa conversa, ouvir uma música, assistir a um filme, apreciar a natureza ou realizar uma atividade física, vão nos proporcionar este autoconhecimento.
Autoconhecimento significa conhecer a si mesmo, aquilo que nos faz feliz, o que nos tira o equilíbrio, o que nos motiva e faz acordar cedo pra trabalhar ou estudar. Conhecer o que nos fortalece nos proporciona buscar equilíbrio na vida, encontrar a plenitude e melhorar nosso relacionamento com as pessoas e com a natureza.
Autoconhecimento, é um processo de tomada de consciência, significa gerenciar a si mesmo, pressupõe o confronto entre auto percepção e o feedback da percepção dos outros. Segundo, John Whitmore – Coaching for Performance “Somos capazes de controlar apenas aquilo de que temos consciência. Aquilo sobre o que não estou consciente, me controla. Tornar-me consciente me dá poder”.
As pessoas têm facilidade de aprender, e compreender o que está ao seu redor quando fazem sinapses com suas experiências passadas, por isso acredito que colocar a sua neurologia a disposição de situações e experiências novas nos faz crescer. O que leva ao aprendizado e que nos torna diferentes uma das outras, é a forma como nos relacionamos com o mundo, com as pessoas e com a natureza. Fazer uma viagem, experimentar novos temperos, e sabores ler sobre assuntos diferentes do cotidiano, visitar pessoas distantes, dançar, saltar de paraquedas ou nadar em alto mar desde que sejam experiências novas e que vão contribuir para o aprendizado futuro. Aquilo que fazemos no cotidiano, e que virou hábito, não gera mais aprendizagem alguma.
A neurociência explica que um dos princípios da aprendizagem, está na associação que nosso cérebro faz das coisas, por exemplo se falamos em refrigerante, seu cérebro associa ao refrigerante que você mais conhece, o mesmo vale para palha de aço, sabão em pó, amaciante e tudo mais que você já experimentou na vida. Quando me refiro a um conceito, ou uma nova informação, o cérebro aprendiz vai buscar uma experiência passada para fazer associações. Portanto se nosso cérebro só aprende com base em experiências passadas, como vamos aprender coisas novas? Ora, experimentando coisas novas, formas novas de ver o mundo ou uma determinada situação. Algumas pessoas sentem a maior dificuldade em promover mudanças por medo da adaptação e apego ao velho e conhecido, aí fica difícil aprender e crescer.
Quanto mais eu coloco a minha neurologia a disposição de situações novas e desafiadoras, mais eu farei sinapses com elas no futuro e, portanto, maior será a minha oportunidade de desenvolvimento. É como se tivéssemos que formar um estoque de informações e experiências de vida. Você certamente já ouviu dizer que aprendemos pela repetição.
O que nos torna um empreendedor de sucesso, um motorista feliz ou um jardineiro realizado, não está somente na formação acadêmica, nos livros que lê ou nas escolas que frequenta, está nas experiências vividas e na observação da natureza. Pra isso precisamos estar abertos, focados no novo, questionar o que conhecemos e abrir a mente e o coração para termos outras e novas percepções.
Nossas crenças e valores norteiam o nosso comportamento. São formadas desde a infância, através dos estímulos do meio, convívio familiar, ambiente e cultura em que vivemos. Estas mesmas crenças podem contribuir com o desenvolvimento, a partir do que acreditamos ser verdadeiro e certo, mas também nos limitam quando temos “aquela visão” como única e verdadeira. Se eu não questiono o meu conhecimento ou a informação que está chegando, tenho uma limitação no olhar e, portanto, não cresço.
A transformação e a mudança está em abrir-se para o novo, questionar o velho padrão com clareza de onde deseja chegar.
Ter uma visão ampla da sua organização e de seus colaboradores, promover análises sócio emocionais, obter informações cruciais para tomada de decisão em gestão de pessoas, formação de times, gestão de equipes de alta performance, manutenção e desenvolvimento; tornam a sua empresa e as pessoas mais eficazes, ágeis e humanas a partir do comportamento. Pense nisso!!!
(*) – Membro dos Empreendedores Compulsivos, formada em Pedagogia, pós-graduada em Gestão de Pessoas, Qualidade e Transdiciplinaridade, é co-autora do livro PNL&Coaching e fundadora da Ciclo85.