Marcelo Salvo (*)
Quem se formou na década de 1990 e anos 2000 provavelmente teve que se atualizar e fazer outra graduação ou pó graduação porque em um mundo globalizado como estamos vivendo, as mudanças estão sendo muito rápidas, surgem novos cargos, processos, sistemas, apps e novos termos que percorrem os corredores das organizações e no home office, fazem parte das reuniões virtuais rotineiras.
Como a cobrança do mundo corporativo é de que sejamos ágeis e com isso inclui-se os aprendizados necessários para desempenhar as tarefas do dia a dia com maior rapidez e eficácia.
O sistema de aprendizado formal a tempos atrás, eram aqueles que demoravam para mudar, existia uma grade que pouco se atualizava. Hoje a aprendizagem contínua (lifelong learning) pode acontecer não só por um curso universitário tradicional, mas por inúmeras alternativas como por exemplo um curso virtual de curta duração, um treinamento, uma palestra, um vídeo, um artigo, entre outras formas.
O Lifelong Learning pode ser explorado e bem desenvolvido nas universidades como forma de oferecer módulos de aperfeiçoamento continuo (virtual ou presencial), onde a instituição esteja na vida daquele profissional para sempre. As relações melhoram, o histórico se torna um ponto de avaliação de instituições de ensino, professores e alunos, além de existir um ganho mútuo na sociedade.
É importante lembrar que esse conhecimento contínuo que qualquer pessoa pode encontrar muitas vezes gratuitamente de forma virtual e se for pago, com custos acessíveis para um grande público. Assim caracterizando o primeiro pilar, o de aprender a conhecer.
Estudar na hora que quiser, de onde quiser e como quiser, quebra barreiras até então existentes e é uma forma de inclusão social e redução da desigualdade, basta apenas que a cultura corporativa comece a aceitar esse tipo de conhecimento nos processos seletivos e acompanhar as tendências de mercado, as tendências estão nos ajudando a refletir, que o pedaço de papel foi uma barreira do passado e que deve deixar de ser uma barreira para a contratação das pessoas.
Podemos deixar de aproveitar a determinação e a inteligência dos autodidatas, que podem se tornar excelentes profissionais juntando experiência (cedida pela empresa) e a informação (que está intrínseca no profissional), juntos formam o conhecimento adequado para as organizações.
No segundo pilar, o de aprender a fazer, as pessoas precisam ser desafiadas, serem expostas ao conhecimento e faze-las refletir e questionar constantemente, em busca de respostas embutidas na experimentação necessária.
Com isso, no terceiro pilar o de aprender a conviver, todo profissional que ingressa em uma determinada empresa, se ele reconhecer que a empresa está lhe dando a chance de aprender, por intermédio do trabalho em equipe e colaboração dos funcionários, ele vai se doar cada dia mais, valorizando e se dedicando pela organização.
Por fim, o quarto pilar, o de aprende a ser, exigirá do funcionário uma atualização constante nas suas características sócio emocionais, nas competências que deverão ser desenvolvidas ao longo de sua carreira e no comportamento adequado e humilde, repassando seu conhecimento continuamente para outras pessoas, transformando a cultura da empresa e as vidas que cruzaram seu caminho.
As mudanças não param de acontecer em velocidade exponencial, se o aprendizado não fizer parte da vida de cada profissional de qualquer área de atuação, ficaremos tão atrasados que será quase impossível de se manter empregado e correr atrás de aperfeiçoamento quando for exigido pela organização que trabalha, por um novo líder ou quando estiver desempregado, por isso, comece agora.
(*) É Membro dos Empreendedores Compulsivos, é diretor da Atitude Profissional Educação Corporativa. Com 30 anos de experiência em vendas é graduado em Administração e Artes Cênicas – Ator, com especializado em Gestão de RH e pós graduado em Marketing e Negociação e Vendas pela FAAP. Professor de Pós e MBA na B. I. International e Senac , é também Escritor do livro Atitude Profissional.