Em uma conversa ouvi de um cliente que, ao consultar o médico, recebeu recomendações para trabalhar menos, dormir mais e não dispensar os momentos de lazer. Tal diálogo pareceu-me como uma camisa perfeita para vestir, pois provocou em mim uma reflexão
Nas últimas sessões de coaching que realizei percebi que algumas pessoas têm relatado que estão cansadas, que dormem pouco, trabalham aos finais de semana, o que lhes provoca alguns deslizes profissionais que normalmente não aconteceriam. Elas dizem tudo isso com um tom de desconforto físico e emocional.
Ora, o “mercado”, personagem que muitas vezes reverenciamos demasiadamente, impõe um alto nível de desempenho, produtividade, competência entre outras exigências.
Higino Pizze Rodrigues (*)
Diretor da Academia do Empresário, Coach formado pelo Instituto de Coaching Integrativo e Consultor de Empresas. Contador e Pós-graduado em Gestão Empresarial pela Fecap.
Necessário desenvolver nossas competências, habilidades e atitudes, as quais usamos para atender aos nossos clientes internos e externos com respeito. O mercado exige que entreguemos o que nos fora solicitado com qualidade. E nós, enquanto consumidores, exigimos o mesmo de nossos fornecedores.
Isto, porém, não significa que tenhamos que ultrapassar os limites possíveis de nossa saúde, seja a biológica, psicológica, social ou espiritual. Aqui entre nós, faz parte de nossa autogestão entender até onde podemos ir, pois dificilmente alguém fará isso por nós a ponto de nos aconselhar férias, horas a mais de sono e de lazer, como fez o médico do meu cliente.
Veja, contudo, que não se trata de deixar de lado os compromissos que assumimos no nosso trabalho. Em momentos específicos, o compromisso com nossas metas profissionais e pessoais vale a dedicação.
A questão é outra, isto é, falo de quando os limites são desrespeitados sem critérios claros de onde queremos chegar, ou seja, de quando deixamos a vida nos levar no piloto automático.
Nestes casos, um caminho seria desenvolver a “Assertividade”. É necessário que digamos “sim, sim” ou “não, não”, de forma que nosso interlocutor entenda claramente o que queremos dizer. É importante lembrar do respeito aos nossos valores e aos nossos talentos. Respeitá-los leva-nos a ser o que realmente somos, sem artifícios.
A propósito, você se lembra quais são os seus valores e os seus talentos?
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Rebeca Toyama
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