Retomando a produção de artigos, e para isto escolhi trazer o tema do autoconhecimento
Elber Mazzaro |
Após mais de 25 anos de carreira profissional, processos de coaching, ter migrado de executivo a empreendedor, consultor, professor…, sempre volto a me perguntar: Quem sou eu?
Você tem uma resposta?
Em momento de crise e de mudanças, é importante sabermos onde estamos, qual é o nosso ponto de partida; antes de identificarmos para onde desejamos ir e como. As pessoas esquecem de pensar em como se definem e em que desejam se transformar.
Já vi pessoas se confundirem com a resposta para quem sou eu, principalmente no lado profissional, e começarem mencionando a empresa onde trabalham. Também existem pessoas que acham que são seus cargos, enquanto outros se definem apontando para o que estão fazendo no momento.
Vemos especialistas em sociologia e psicologia dizendo que estamos em uma era onde as pessoas se definem pelo que possuem, que vivemos na sociedade do ter (consumista) e não do ser.
Há alguns meses, uma palestrante pediu para as pessoas se definirem em uma palavra, e depois de ouvir a todos, voltou aos primeiros e repetiu a pergunta, conseguindo repostas diferentes. As pessoas mudaram o que são em minutos? Não, este exercício serviu para demonstrar que não somos uma “coisa” só, e podemos ter diferentes papéis (personas) de acordo com o momento e com o ambiente. Podemos ser pais com os filhos, estudantes na escola, líderes em alguns projetos e liderados em outros.
Existem pessoas que não se definem e deixam para que os outros o façam, sob o risco de não gostarem dos rótulos recebidos.
Ter uma identidade própria é importante, e esta nasce dos seus valores mais profundos. Quando as pessoas querem se posicionar, é a partir da sua identidade que o fazem. Precisamos nos posicionar, apresentar e explicar quem somos, o tempo todo. Faz uma grande diferença ter uma resposta pensada para diferentes situações, desde que seja verdadeira e possa te tornar único e quem sabe, especial.
A resposta não vem de imediato da primeira vez. E se você não a escreveu, provavelmente não está completa, não registrou, não revisou e não vai se lembrar dela. É recomendado o exercício de escrever diversas respostas, revisá-las e melhorá-las.
Há uma regra importante: a resposta precisa ser honesta. A pergunta não é o que você quer ser, e não é o que gostaria que os outros pensem que você é. A resposta mais importante é para você mesmo. Após escrever o seu primeiro conjunto, pergunte a pessoas próximas, como elas te definem, como elas te veem.
Respondendo a esta pergunta e definindo-a como sua identidade, para cada situação ou ambiente, você está se preparando (construindo uma base) para todas as vezes em que conhecer alguém novo, em que for se vender, em que desejar se diferenciar, ou refletir, tanto no trabalho, como na vida pessoal.
É um ponto de partida e não um ponto de chegada, portanto não há resposta certa ou errada, apenas a sua resposta, que mudará com o tempo. Boa reflexão!
Compartilhe sua reflexão conosco: [email protected].
Rebeca Toyama
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