O mundo é um contínuo fluxo de expansão e retração. Não há nada parado no Universo. Assim também ocorre conosco. Não podemos ficar parados em uma situação, ideia ou método, correndo o risco de sermos atropelados pelo movimento contínuo que a mudança produz
Num mundo em constante movimento ou você está indo em frente, ou está ficando para trás. Mesmo que seja nosso desejo, não é possível ficar parado no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa. Imagine uma pessoa parada numa estação de trem. Há um trem que parte rumo ao futuro. Para a pessoa que ficou parada na estação, a sensação é de que ela ficou no mesmo lugar. Entretanto para as pessoas embarcadas naquele trem, aquela pessoa está ficando para trás. Ou você embarca no trem, ou vai ficar para trás.
Se você não avança em sua rotina de vida. Não se aperfeiçoa, não estuda, não muda métodos e hábitos, você até pode imaginar que esta mantendo uma situação, mas se existe alguém em algum lugar, que esteja aprendendo, se desenvolvendo e crescendo, essa pessoa é a referência e está lhe deixando para trás.
Não há como escapar da mudança, ela está por toda parte, dentro e fora de nós. E, apesar de todos os nossos esforços, só há dois papéis a ser exercidos na mudança: o de agente da mudança ou o de vítima. Como agente, você tem a responsabilidade de aprender a lidar com o novo, de enfrentar os desafios, de elaborar as soluções. Como exige mudar para viver o papel de agente, algumas vezes nos acomodamos no papel de vítima da mudança. Nos sentimos atropelados pelo ritmo das coisas, parece que o mundo se volta contra nós. Passamos a responsabilidade dos resultados de nossa vida para as mãos de outros e encontramos culpados para tudo o que não estamos alcançando.
Ph.D em Filosofia pela Columbia University (www.dulcemagalhaes.com.br)
Ser vítima ou agente é apenas uma questão de decisão. Quando pensamos em problemas vividos e superados em nosso passado, nos damos conta de que naquele momento o problema parecia maior do que nós mesmos, mas olhando em retrospectiva podemos perceber que ao superarmos a situação passamos a colocar o problema em sua verdadeira dimensão: um estágio para um novo patamar de vida, onde nos tornamos mais fortes, mais confiantes e mais capazes. Esse é o único objetivo dos problemas, nos empurrar para uma situação de progresso. A próxima vez que você tiver que encarar um problema se pergunte: o que eu preciso aprender com isso? Na resposta está sua maior oportunidade de vida.
Quando percebemos um problema não como obstáculo, mas como um desafio para nossa própria evolução, a motivação e a criatividade para lidar com isso serão maiores. É a nossa percepção que define a qualidade de determinado evento em nossas vidas e o que percebemos é aquilo que passamos a vivenciar.
Os papéis que temos a viver em nossa trajetória de mundo são fruto das escolhas que nos cabe fazer. Nossa vida é uma materialização do estado de consciência em que nos encontramos, ou seja, é resultado do nível de percepção e da qualidade das escolhas que fazemos. Mudar de mundo é mudar de olhar. Construir um resultado de carreira também depende de como vemos e do que escolhemos.
Pense sobre os dois papéis básicos no cenário permanente da mudança e observe quais deles você mais escolhe viver, a vítima ou o agente de mudanças. Essa avaliação tem o potencial de transformar profundamente seus resultados profissionais. Reflita sobre isso. Suerte!
A tônica da reflexão que Dulce Magalhães nos convida a fazer hoje é sobre a escolha entre sermos vítimas ou agentes de mudança, pois como muito bem nos traz o artigo, é apenas uma questão de decisão e há somente esses dois papéis a ser exercido no momento de mudança.
Rebeca Toyama
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