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Tecnologia como caminho para vender mais

em Opinião
segunda-feira, 09 de maio de 2016

Stenio Souza (*)

Novas tecnologias são imprescindíveis para incrementar a competitividade de qualquer negócio e, em tempos de consumo em baixa, especialente do varejo.

Por isso, é fundamental que gestores abram os olhos para a variada oferta de soluções tecnológicas disponíveis, e para as empresas capazes de selecionar e oferecer o que há de melhor no mercado. No caso específico do varejo, alguns dos melhores sitemas hoje disponíveis ajudam a reduzir custos, aumentar o desempenho das lojas e fazer a gestão das equipes de venda.

Soluções dessa natureza não só trazem vantagens diretas ao negócio como ajudam o gestor a se concentrar em tomar as decisões estratégicas, e não ficar focado em aspectos operacionais que muitas vezes podem ser realizados com mais eficiência por um software. Ao longo dos últimos anos e por meio da experiência internacional da iTrade Smollan, identificamos alguns tipos de ferramentas que já são tendência em outros países e que confiamos que podem contribuir muito com o fortalecimento do varejo brasileiro.

Os sistemas de gestão e comunicação com as equipes de campo, por exemplo, certamente são a tendência principal. Servem para toda a cadeia do varejo – da indústria até o ponto de venda – e permitem que as empresas informem, controlem e monitorem as atividades dos promotores nas lojas. Uma boa solução nesse modelo possibilita que um controle central tenha acesso veloz às informações de todos os pontos de venda, podendo identificar de forma rápida eventuais problemas tanto com os times de promotores quanto com os estoques.

Ao servir também como ferramenta de comunicação entre a gestão central e as lojas, as melhores soluções permitem uma maior efetividade na troca de informações sobre os trabalhos que devem acontecer nos pontos de venda, de modo que a empresa tenha um ganho de desempenho: com a implementação das ações sendo mais efetiva, há menos ruptura e, consequentemente, um aumento nas vendas.

Além disso, soluções como estas contribuem muito para o treinamento e desenvolvimento das equipes de promotores, característica de extrema importância em um país do tamanho do Brasil, em que é economicamente inviável para uma empresa que atue em todo o território nacional fazer treinamentos presenciais a todo momento. Por meio desse tipo de tecnologia, é possível, por exemplo, enviar conteúdos escritos para instrução do promotor, disponibilizar vídeos com tutoriais e fazer perguntas para testar o conhecimento. Tudo na mesma rotina e na interface do dispositivo móvel do profissional.

Uma tendência mais recente, e que, no entanto, tem grande potencial para o varejo brasileiro, é a de reconhecimento digital de imagens. Há poucas ofertas desse tipo de software no Brasil, mas com base no que temos visto no exterior, os benefícios que a tecnologia oferece devem transformá-la em um diferencial competitivo importante – especialmente em grandes redes. O software faz a análise digital das fotos que as equipes em loja tiram de gôndolas, displays e materiais de comunicação e informa ao gestor o que não está sendo executado conforme o planejamento.

Isso significa simplificação e menor tempo na coleta das informações, além de maior precisão nos dados gerados e um controle melhor da operação pela matriz. Essa vantagem, por sua vez, se traduz em ações de correção mais rápidas e incremento nas vendas. Por fim, vale ressaltar um tipo de tecnologia que vemos como uma grande promessa tanto para a elaboração de estratégias de venda das empresas como para aprimorar processos: os aplicativos de pesquisa colaborativa.

O varejo ou a indústria criam comunidades de consumidores e definem questionários que eles mesmos podem usar para ir nas lojas e verificar a operação, avaliando como é o atendimento, a qualidade da disposição dos produtos, a existência de promoções etc. Dessa forma, a avaliação dos consumidores de produtos e serviços se torna mais simples e os gestores ganham recursos para a elaboração das campanhas de marketing.

Em conjunto, essas três tecnologias têm o potencial de não só melhorar o desempenho das lojas como preparar o setor para os períodos cíclicos de crise econômica, em que é necessário enxugar os custos. Mais do que isso, ferramentas como essas contribuem para que o lojista melhore a experiência de compra do consumidor, o que é sempre bom para os negócios.

(*) – É CEO Brasil da iTrade Smollan, uma das principais empresas de trade e field marketing do Brasil.