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O poder da inteligência social na liderança

em Opinião
segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Eduardo Shinyashiki (*)

A inteligência social é a capacidade de compreender, interagir e influenciar positivamente as pessoas.

Ela tem como foco a qualidade e harmonia das relações interpessoais e é uma inteligência que se cria na relação com o mundo externo. Por essa definição, já podemos ponderar o quanto essa habilidade é importante para a trajetória de um líder.

Quando aplicada à liderança, a inteligência social pode romper paradigmas. Em um cenário econômico instável como o de 2015, em que as empresas requerem mais ideias, mais produtividade e mais resultados, essa habilidade é um triunfo.

Uma pessoa que tem essa competência sabe entender os interlocutores, sabe ouvir, se comunicar, trabalhar em equipe, liderar, lidar com os conflitos e, especialmente, tem a capacidade de entrar em empatia com o seu próximo, isto é, estar atento aos sentimentos do outro e aberto ao diálogo.

A inteligência social permite expandir a capacidade de entender as pessoas e, consequentemente, melhorar a forma de se relacionar com elas, podendo criar um clima positivo e de cooperação em qualquer contexto da nossa vida. Se soubermos compreender nossas próprias emoções e as dos outros, saberemos reagir a situações de forma mais adequada e produtiva.

Quando falamos de inteligência, no caso a social, estamos indicando a capacidade em potencial presente no ser humano. A partir de quando passamos a treinar e fortalecer essa potencialidade, começamos a falar de competências. Existem várias maneiras para desenvolver competências como, preparação, formação, treinamentos e aprimoramento. É por meio do conhecimento e do treino que todos nós podemos fortalecer as competências ligadas à inteligência social.

Algumas delas, como competência comunicativa, de liderança, de trabalho em grupo e de gestão de conflito estão se tornando hábitos comportamentais e sendo cada vez mais utilizadas e aplicadas na realidade. Se um líder não treina essas competências e também não ajuda e incentiva a sua equipe a fortalecê-las, pode acabar criando alguns obstáculos como dificuldade em reconhecer, respeitar e manifestar as próprias emoções, se fechando em um isolamento social e alimentando uma insatisfação crônica.

A inteligência social e emocional são interdependentes. Para desenvolver as habilidades sociais é necessário ter uma boa inteligência emocional. Para interagir positivamente com o social é preciso ser forte internamente, ter confiança em si mesmo, ser motivado, conhecer e lidar com as próprias emoções de forma equilibrada. Ao pé da letra, a inteligência emocional é saber viver consigo mesmo, já a inteligência social é saber conviver com o outro.

A essência da inteligência social é a empatia e a compreensão das emoções do outro. Com esses princípios é possível construir alicerces para uma convivência mais pacífica e respeitosa, capazes de superar as diferenças e ir além das expectativas.

Para viver como você quer viver, seja profissionalmente, pessoalmente ou em família, é preciso de inteligência social. Use essa poderosa habilidade para construir relacionamentos sólidos, transmitir conhecimentos e deixar legados grandiosos para aqueles que tiverem a oportunidade de cruzar o mesmo caminho que o seu.

(*) – É palestrante, consultor organizacional, especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes. Presidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos, é escritor e autor de importantes livros como “Transforme seus Sonhos em Vida”, da Editora Gente (www.edushin.com.br).