Fernando Senna (*)
Que a tecnologia tem mudado a forma de se trabalhar e de fazer negócio já não é mais novidade.
É praticamente impossível pensar em empreender sem utilizar as facilidades que surgiram em decorrência das ferramentas que tem transformado e facilitado o dia a dia das pessoas. Com isso, vejo a tecnologia como um grande fator impulsionador do empreendedorismo.
Mas, empreender vai além de saber utilizar a tecnologia, é preciso direcioná-la de forma assertiva, assim como o seu capital e intelectual, para criar soluções capazes de resolver os problemas dos seus clientes. Portanto, a soma do empreendedorismo e da tecnologia podem gerar resultados capazes de fazer com que sua empresa se destaque em seu meio de atuação.
Além desta ferramenta ter modificado o comportamento humano, ela tornou o acesso rápido e fácil ao conhecimento, de forma a simplificar a troca de informação e a quebrar as barreiras da comunicação, além de ter diminuído os custos operacionais e, consequentemente, aumentando os ganhos na produtividade das empresas.
Já com a escalabilidade, diferentemente de negócios tradicionais e físicos, ela faz com que haja um crescimento na receita de forma desproporcional, agregando valor ao seu negócio e atendendo as demandas dos clientes, sem precisar aumentar expressivamente os custos.
E se no passado você precisava de milhões para colocar um negócio de pé, isso mudou. Hoje, muitas pessoas conseguem começar um negócio com pouco dinheiro, ou, literalmente, com nada, e faturar milhões. Está mais simples empreender. Não estou dizendo que é fácil, claro que não, até porque seus concorrentes também vão usar a tecnologia. Mas, comparando com alguns anos atrás, é transformador.
Já as redes sociais têm um poder absurdo como canal de distribuição e engajamento e não demandam grandes investimentos para começar, descentralizando o “poder” de influência. É o caso dos influencers e criadores de conteúdo, que têm ganhado notoriedade e muito dinheiro através de redes sociais como: Youtube, Instagram, TikTok, entre outros canais.
Com poucos cliques e baixo nível de complexibilidade, é possível criar posts, vídeos, interagir com milhares e/ou milhões de pessoas. E o melhor, essas ferramentas tornam esse mercado acessível, possibilitando a entrada de qualquer pessoa, quebrando muitas barreiras, uma vez que o principal diferencial está em você e na conexão que você cria com a comunidade.
Hoje o Brasil tem um cenário mais propício para empreendedores, criadores de conteúdo e startups, em decorrência desses avanços tecnológicos. De acordo com os dados da Associação Brasileira das Empresas de Software, a expectativa é que o setor de TI cresça 14% este ano no Brasil, com potencial para representar entre 2,5% e 3% dos investimentos globais em tecnologia da informação.
Além disso, o país é o 2º maior utilizador de internet no mundo, com cada brasileiro conectado por mais de 10 horas por dia, e o 2º em termos de redes sociais, com quase 4 horas, de acordo com o levantamento da Sortlist. Desta forma, é inegável falar que o brasileiro é muito bem familiarizado com tecnologias no seu dia a dia. É possível dizer que quem está apenas no físico está perdendo oportunidades.
Isso porque o empreendedor conectado, expande o seu negócio, otimiza recursos financeiros e torna a relação com o consumidor cada vez mais próxima, essa é a visão do futuro, uma vez que a empresa está no celular da pessoa que acessa e o olha várias vezes ao dia. É importante ser omnichannel, ou seja, marcar presença em vários canais, online e offline.
Negligenciar o online pode ser um “tiro no pé”. Portanto, o sucesso de uma empresa depende de vários fatores, e estar presente nas redes sociais pode aumentar sua participação no mercado e tornar a sua empresa mais competitiva em um todo.
(*) – É cofundador da Start Empreendedor, edtech criada com o propósito de apoiar em todas as etapas da jornada de uma startup (https://startempreendedor.com/).