Marcus Matta (*)
As pessoas nasceram com a essência de serem livres, para agir segundo seu livre arbítrio.
Também para se movimentar, se expressar e fazer suas escolhas de forma autônoma e espontânea, desde que respeitadas as leis e as outras pessoas. Inúmeros são os fatores que podem direcionar ou mesmo cercear essa liberdade, desde econômicos, políticos, sociais ou de saúde.
E este último pode ser especialmente grave, superando todo e qualquer cálculo de risco ou projeção, como vimos nesta pandemia, problema que afetou os países globalmente, restringiu a liberdade de ir e vir, de se relacionar e de agir.
Passado mais de um ano desde que a COVID-19 se instaurou no País, a sociedade buscou formas de se adaptar e de retomar suas atividades, embora, infelizmente, nem sempre dentro dos padrões de segurança necessários, no momento que todos anseiam por retomar sua plena liberdade.
O descompasso entre o estágio de controle da pandemia no Brasil, comparativamente a países como os Estados Unidos, mostra que a liberdade de ir e vir não depende mais apenas de nós e das condições de cada indivíduo ou nação – ela envolve o ecossistema global, na medida em que a falta de segurança de um lado do mundo interfere no outro.
Mas há obstáculos que as criações tecnológicas têm ajudado a vencer. E a aviação executiva e seus maravilhosos equipamentos têm se mostrado como importante alternativa para a locomoção segura das pessoas e empresas que têm acesso a ela, acesso este que tem sido muito facilitado pelo modelo de propriedade compartilhada, devido à redução no custo de aquisição e de manutenção.
No mercado norte-americano, há filas de espera para comprar aeronaves usadas, com muitas pessoas e empresas que nunca antes haviam pensado na possibilidade de ter uma aeronave própria, pensando agora em adquirir uma. Há uma diferença expressiva em termos do nível de riqueza existente nos EUA e aquele do Brasil. Lá, nesse momento, há um excedente de recursos que se busca direcionar a investimentos nesta área, sem a preocupação se eles serão os mais eficientes e racionais.
A preocupação é apenas ter a liberdade de se locomover livremente, em condições seguras, sem a necessidade de fazê-lo por um meio de transporte aéreo coletivo. No Brasil, onde as condições de controle da pandemia são ainda críticas, ganha ainda mais valor a segurança da aviação executiva, não só para os deslocamentos dentro de um mesmo estado, região ou do País, mas também para quem precisa ou deseja se deslocar com frequência para outros países, contando aí com aeronaves de maior porte.
Esta é uma possibilidade que nos estimula a sensação de liberdade, e, efetivamente, nos dá condições de exercê-la com segurança. Na propriedade compartilhada, vamos muito além disso, exercendo essa escolha de forma inteligente, sem o desperdício ocasionado pela ociosidade usual das aeronaves adquiridas no modelo de uso exclusivo, sem ter de alocar recursos desnecessários para ter acesso aos benefícios da aviação executiva, mas fazendo isso de forma inteligente e racional.
Afinal, a própria concepção atual de mundo passa, cada vez mais, pelo uso inteligente dos recursos, pelo compartilhamento de ativos. Inclusive para viajar para os Estados Unidos ou para o Caribe, em um final de semana, com a certeza de que este é um luxo inteligente ao qual vale a pena e é possível ter acesso.
(*) – É CEO da Prime You (https://primeyou.com.br/).