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A segurança participativa a favor dos cidadãos

em Opinião
terça-feira, 18 de abril de 2017

Everton Cruz (*)

Não há um culpado específico, mas, talvez, uma série de motivos que levaram a isso.

De acordo com o artigo 144 da Constituição Federal, “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. Entretanto, não se pode deixar de lado uma questão de extrema importância: a nossa responsabilidade como cidadãos. E, neste contexto, parte das pessoas podem não considerar que um cidadão comum, sem farda, arma ou mesmo treinamento seja capaz de combater o crime na região onde mora. Mas, isso é possível sim.

Nos últimos anos, a população das mais diferentes partes do mundo tem vivenciado um avanço sem precedentes em diversas searas que interfere no seu cotidiano, sobretudo, no que diz respeito à tecnologia. Praticamente tudo está permeado pelo desenvolvimento tecnológico. No entanto, uma questão pode rondar o pensamento das pessoas: apesar de tantas inovações conhecidas, como isto pode melhorar o dia a dia nas grandes cidades, principalmente, no que se refere à segurança?

Uma das medidas que vem ganhando espaço é o que se conhece por segurança participativa. Trata-se de um conceito bastante conhecido em alguns países, mas que no Brasil ainda caminha a passos lentos. Não há um culpado específico, mas, talvez, uma série de motivos que levaram a isso. Entre eles, está o fato de que, para a maioria das cidades brasileiras, há a escassez de recursos, fundamentais para o sucesso de tal conceito. E é neste contexto que se percebe a importância em somar a inteligência vinda das ruas, dos cidadãos, ao trabalho efetivo das forças responsáveis pela segurança.

Alguns passos simples podem exemplificar como se aplica este conceito. Um deles está ligado a conhecer a vizinhança. De nada adianta proteger o nosso bairro ou a nossa rua se não conhecemos quem mora ao lado da nossa casa. Seja tomando uma cerveja no bar da esquina ou oferecendo um bolo, é fundamental ter um relacionamento harmonioso com os vizinhos para poder criar uma rede estável de cuidado mútuo.

Depois de interagir com a vizinhança, é hora de organizar uma reunião de bairro para e eleger os representantes da comunidade e falar sobre as preocupações da região. Feito isso, o próximo passo é estabelecer contato com os representantes da polícia da localidade. Este tipo de troca de informações é sempre bem recebido pelas autoridades. Neste contexto, o uso de aplicativos como o Sempre Alerta, desenvolvido pela empresa pernambucana Mooh Tech, por exemplo, pode ser um grande aliado, pois contribui para o fornecimento de dados importantes para aprimorar o policiamento, ajudando na prevenção de crimes.

Outro ponto a ser ressaltado diz respeito ao uso de aparatos de vigilância, como as câmeras. As imagens registradas de assaltos, fugas, pequenos furtos e outros crimes nas redondezas não só ajudam a prevenir ações criminosas como também podem ser usadas pela polícia durante as investigações, contribuindo, assim, para solucionar os casos. Também é importante estar sempre atualizado. Além dos meios de informação tradicionais como rádio, jornais e TV, alguns sites e grupos nas redes sociais se apresentam como apoio aos cidadãos. Por meio deles, é possível trocar informações sobre as mais diversas ocorrências e padrões de ocorrências criminosas nas localidades.

A criação de um programa de segurança participativa no bairro mostra que a comunidade trabalha em parceria com as forças de segurança, visando manter as taxas de criminalidade sob controle. Dessa forma, as autoridades competentes desenvolvem ações desta natureza, aumentando seus esforços para garantir o bem-estar da população. E isto é essencial para que os seres humanos como um todo tenham noção do espaço que ocupam no nosso planeta.

(*) – É bacharel em Análise de Sistemas e sócio-fundador da Mooh Tech (www.moohtech.com).