A segunda fase de implantação do Open Banking no Brasil iniciou-se no dia 13 de agosto e trará um cenário mais favorável para os usuários do mercado financeiro. Com o sistema, eles poderão migrar seus dados de uma instituição para outra com facilidade, mantendo seu histórico financeiro quando optam por mudar de prestador de serviço. A evolução do Open Banking, o chamado Open Finance, também já está prevista para acontecer a partir de Dezembro. Além dos bancos, ele abrange fintechs e diversas outras empresas financeiras, como seguradoras, corretoras, companhias de câmbio e fundos de previdência, aumentando a concorrência e o aperfeiçoamento dos serviços, o que beneficia diretamente os clientes.
“Não há a obrigação de se manter preso a uma instituição. O cliente poderá (sempre com seu consentimento) compartilhar seu histórico de crédito e de transações com outras instituições, que então poderão oferecer condições melhores de crédito, tarifas menores e serviços personalizados, por exemplo. O cliente acaba tendo liberdade e autonomia para trocar de prestador de serviço sem “perder” o seu histórico. Para as instituições, cria-se um ambiente competitivo benéfico, que leva mais opções aos usuários e permite a entrada de mais produtos e instituições no mercado”, explica Paulo Oliveira Andreoli, Head de OmniFinance, responsável pela área de Open Banking e Soluções de Pagamento no Grupo FCamara.
Novos sistemas exigem integração e certificação das instituições
Para que as instituições possam atuar nos modelos Open Banking e Open Finance, precisam realizar diversas integrações, além de conseguir a certificação de segurança na OpenID Foundation. “Esse modelo está apenas começando em nosso país e é importante que os participantes estejam homologados pelo Banco Central e aptos a aplicarem todas as regras de segurança e de padronização, gerenciar os consentimentos dos clientes e o uso adequado de suas informações. O principal risco de um sistema compartilhado é a segurança da informação. Os sistemas terão que conversar entre si e, ao mesmo tempo, estarem protegidos de ataques de hackers”, ressalta Andreoli.
O Grupo FCamara criou soluções e serviços que ajudam a implementação do Open Banking no Brasil e atualmente têm em sua carteira de clientes importantes bancos, como o Banco BTG e o Banco PAN, entre outros. Com o apoio do grupo, as instituições conseguem fazer as integrações necessárias de forma facilitada, sem assumir os custos de desenvolvimento dessas soluções. “Saindo da postura conservadora e permitindo a criação de aplicações por terceiros, os bancos poderão inovar, melhorar a experiência de seus clientes e ampliar as possibilidades de receita, sem precisar arcar com todos os custos de desenvolvimento dessas soluções. É uma verdadeira situação “ganha, ganha”, finaliza o especialista.
De acordo com projeções do Grupo FCamara, cerca de 5 milhões de brasileiros irão aderir ao sistema Open Banking ainda em 2021. Para chegar a esse número, o Grupo levou em consideração a proporção de população bancarizada, o sistema financeiro ativo e desenvolvido do país, a inclusão nesse sistema de 10 milhões de pessoas pelas necessidades decorrentes da pandemia de covid-19, além da chegada do Pix, que vem acostumando os brasileiros a uma forma de pagamento totalmente digital.