O mercado de produtos para pets se mostra cada vez mais promissor no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), estima-se que existam mais de 140 milhões de pets no país.
O volume de animais somado ao valor sentimental que seus donos nutrem por eles fez o setor faturar cerca de R$ 68,7 bilhões em 2023, segundo o Instituto Pet Brasil, que projeta um faturamento na casa de R$ 77 bilhões para 2024.
Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), por sua vez, aponta que 41% dos consumidores fazem compras por impulso para seus pets. O levantamento também mostra, que 91% dos entrevistados fazem alguma pesquisa antes de comprar produtos para animais de estimação. Os números revelam que o mercado pet realmente é bastante interessante para aqueles que pensam em investir em um negócio próprio.
De acordo com Haroldo Matsumoto, sócio e diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria multidisciplinar de gestão de negócios, torna-se possível construir negócios bem-sucedidos na área. “Analisando o mercado, é possível enxergar algumas boas oportunidades, que devem ganhar a atenção dos consumidores”, afirma, ao indicar, por exemplo, o investimento em serviços voltados à longevidade dos animais de estimação.
Segundo Matsumoto, como a expectativa de vida dos animais vêm aumentando, os tutores estão mais atentos à prevenção e ao tratamento de doenças ligadas ao avanço da idade. Sendo assim, faz sentido que clínicas veterinárias passem a investir em áreas como geriatria, oncologia e especialidades que auxiliem na manutenção da qualidade de vida de pets mais velhos, caso das fisioterapias.
Nessa esteira, também é possível pensar no aprimoramento de planos de saúde para pets de diferentes espécies, produtos alimentícios que atendam essa fatia de animais idosos, com formulação específica para proteção da saúde dos órgãos, incluindo petiscos de fácil mastigação, entre outros itens. Outra oportunidade vem em paralelo, com as farmácias de manipulação para pets.
Outra tendência que chama a atenção para esse mercado é a da alimentação natural, que torna possível, por exemplo, a comercialização de marmitas especiais para cães e gatos respeitando as particularidades alimentares de cada espécie e atendendo níveis de qualidade e higiene, que proporcionem mais comodidade aos tutores e uma experiência mais prazerosa para os animais. Os serviços de petshop também continuam sendo interessantes.
No entanto, para se destacar nesse mercado, o diretor da Prosphera Educação Corporativa indica a personalização do atendimento. “Uma alternativa é levar o petshop até o cliente, investindo, por exemplo, em um serviço de banho e tosa móvel. Com uma van adaptada e um profissional capacitado, torna-se possível levar essa comodidade aos clientes, evitando que ele precise se deslocar até o petshop ou deixar o animalzinho no local aguardando sua volta”, afirma.
O especialista explica que há, ainda muitas outras possibilidades para esse mercado, como o uso de Inteligência Artificial na gestão de clínicas e análise de exames, desenvolvimento de mais serviços focados nos cuidados com os animais, formação de pacotes de serviços em parceria com estabelecimentos.
É o caso da clínica veterinária, que pode firmar um ‘convênio’ com as escolinhas para pets, ou das escolinhas com o dog walker ou com adestradores, sem contar o desenvolvimento de programas de fidelidade, sistemas de assinaturas de produtos de uso recorrente e até serviços funerários para o momento da despedida definitiva dos pets.
“O mercado é vasto e, com certeza, é possível pensar em muitas outras possibilidades para atender tutores e seus animais. Em um cenário em que a humanização dos animais de estimação está cada vez mais forte, investir em produtos e serviços nesse segmento pode render bons ganhos”, finaliza Haroldo. – Fonte e mais informações: (www.prosphera.com.br).
