Fabrício Santos (*)
O desejo recorrente das empresas é sempre diminuir os custos à medida em que aumenta a produção, garantindo assim ainda mais lucros.
Com o avanço tecnológico, esse objetivo tem se tornado cada vez mais alcançável, porém é necessário ir além do uso de boas ferramentas. Para reduzir os custos das operações de forma inteligente, é essencial envolver planos, estratégias, objetivos, análises e visões de futuro no atual segmento e em relação ao mercado e às perspectivas dele.
Identificar os pontos de despesa, compreender o passo a passo de operações e as minúcias dos gastos são medidas primárias de um plano eficiente. Começar percebendo onde estão os ônus é o que permite avistar possíveis economias, seja com matéria-prima, redução de espaço ou até mesmo na mão de obra.
Após o início da pandemia, os comportamentos foram alterados, tanto em relação ao padrão de consumo dos clientes, como pela necessidade de adaptação das empresas à tecnologia para o negócio continuar operando e, assim, alcançar o consumidor e seus desejos.
Empresas passaram a buscar e utilizar ferramentas tecnológicas que eram cogitadas para serem implementadas e terem seu pico de uso somente no futuro, o que acelerou a transformação digital e incitou a competitividade do mercado. Porém, ainda há espaço para crescimento do uso de soluções em diversos segmentos que não se atualizaram ao uso de soluções digitais.
É o caso dos embarcadores: quando se trata de otimização e roteirização logística, apenas 50% e 47% das empresas utilizam ferramentas para auxiliar nessas atividades, de acordo com uma pesquisa realizada pela H2R Pesquisas Avançadas em parceria com a Totvs.
Companhias com equipes bem preparadas devem fazer uso de tecnologias específicas para amparar as ações cotidianas, além de se adequarem às mudanças do mercado com atenção às necessidades do cliente e à disposição para instaurar uma cultura preparada para testar novas estratégias.
É possível mexer em um time que está ganhando e garantir um resultado com ainda mais folgas. Por exemplo, em meio a tantas novidades diante das necessidades que surgiram em quase dois anos atípicos, destacou-se o e-commerce, priorizando a satisfação dos clientes desde o momento inicial da compra até o pós-venda.
Neste sentido, para garantir a redução de custos com operações de modo inteligente, deve ser levado em consideração o uso de tecnologias para auxiliar o trabalho da logística, um dos principais setores das distribuidoras que, quando desorganizado, reverbera em falhas nos processos de entrega, além de causar desperdício de produtos, espaço e tempo, o que também afeta o cliente.
O WMS (Warehouse Management System), por exemplo, é responsável por eliminar cerca de 70% dos erros de separação de mercadorias, aumentando a produtividade dentro do estoque e fazendo com que todos os produtos sejam devidamente encontrados dentro do centro de distribuição em um tempo hábil.
Além da organização do armazém, como toda a operação do atacadista distribuidor está interligada, é fundamental que a logística também esteja preparada para facilitar as entregas. Neste caso, o DMS (Delivery Management System) fornece a montagem de melhores rotas, o acompanhamento do motorista e os status da entrega enquanto o TMS (Transportation Management System) oferece o controle de frotas e a manutenção dos caminhões e peças, prevenindo problemas que podem gerar mais gastos no futuro.
Sempre há espaço para reduções de custos, sejam em processos mais críticos ou apenas pequenas mudanças para se adequarem às necessidades do mercado. A tecnologia é fundamental para atingir esse objetivo, mas o diferencial está na cultura de inovação da empresa, responsável pelo planejamento e pela execução de uma operação de sucesso.
(*) – É especialista em logística da MáximaTech e da onBlox, empresas do Grupo Máxima, líder em soluções para força de vendas, e-commerce, trade marketing e logística para a cadeia de abastecimento (www.grupomaxima.com.br).