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Consumidor muda de marca para continuar bebendo café

em Negócios
sexta-feira, 28 de março de 2025

Levantamento foi feito entre janeiro de 2024 e março de 2025 a partir de dados de consumo de quase 3 milhões de trabalhadores que utilizam o SuperApp VR

Dados do IPCA-15 mostram que a inflação dos alimentos registrou alta de 1,25% em março, acima do crescimento de 0,63% apresentado no mês anterior. E um dos vilões dessa alta foi o café, que ficou 8,53% mais caro. De acordo com um levantamento realizado pela VR, ecossistema de soluções para trabalhadores e empregadores, de janeiro de 2024 até março de 2025, houve um aumento no preço nacional do café de mais de 100%, considerando as variações e gramaturas de produto. Na média, o preço saltou de R$ 11 em janeiro do ano passado para R$ 21 em fevereiro deste ano. Já neste mês de março, a parcial é de R5 23.

Para continuar bebendo café, que é de difícil substituição, o trabalhador brasileiro optou por trocar de marcas, buscando as mais baratas ou regionais. No período analisado, o trabalhador manteve a compra de dois produtos por mês, no entanto, o valor gasto por compra em um estabelecimento comercial aumentou cerca de 66%, passando de R$ 24 para R$ 40. Esse movimento pode indicar que, apesar de manterem o consumo, os trabalhadores podem ter buscado alternativas de marcas para se adequarem à nova realidade de preços.

Variações regionais no preço
As análises indicam que, apesar da alta, os preços variaram conforme a região do país. O Sudeste registrou o maior preço médio, saltando de R$ 14 em janeiro de 2024 e chegando a R$ 24 em fevereiro deste ano. Em seguida, vem a região Centro-Oeste, onde o preço médio do café saiu de R$ 13 para R$ 22 e, na sequência, o Sul de R$ 13 para R$ 21. Nas regiões Norte e Nordeste, apesar do valor médio ser menor, a compra do café também dobrou de preço e subiu de R$ 7 para R$ 14. Em todos os cenários, o estudo aponta a continuação da tendência de alta no preço do café também em março.

Na análise, nota-se que o consumo de marcas de café regionais influencia no valor médio menor em algumas localidades. Para se ter uma ideia, no Distrito Federal, uma marca regional lidera o ranking de vendas em mais que o dobro que a segunda colocada. No Nordeste, com exceção da Bahia, as três primeiras marcas campeãs de vendas são regionais. No Norte há uma variação na preferência entre marcas regionais e nacionais. No Sudeste, as marcas líderes de mercado se alternam na preferência dos consumidores na região. Por fim, no Sul, uma única marca lidera as vendas em todos os três estados.

Os dados sobre hábitos de consumo e compra de café foram levantados a partir das compras realizadas por mais de 3 milhões de trabalhadores conectados no SuperApp VR e que enviaram pelo aplicativo mais de 5 milhões de notas fiscais.