Famoso até o final da década de 80, o chamado carnê de pagamento permitiu que milhões de pessoas pudessem comprar eletrodomésticos, veículos, entre outros bens. A grande maioria da população só podia comprar dessa forma, em um período marcado pelo evento da hiperinflação.
De indispensável à obsoleto, o carnê perdeu força e desapareceu com a chegada de novas tecnologias, como o “cartão de loja”, que agora também se estende aos aplicativos e outros meios digitais. “São soluções que entregam oferta de crédito, fidelização de clientes, comunicação de marca e diminuição da inadimplência”, explica Luciano Brito, CEO da UZE, uma das principais empresas do setor.
Mas apesar dos benefícios, parte do varejo ainda resiste à inovação, sem contar com modelos consistentes de pagamentos, por exemplo. Muitos acreditam que as soluções financeiras, baseadas em tecnologia, são inacessíveis, em razão dos custos. Há também aqueles que pensam que seus clientes não estão preparados para ingressar em jornadas digitais. Um engano.
Segundo o executivo, as novas soluções de crédito para o varejo são uma realidade, que recentemente foram aceleradas pela pandemia de Covid-19. Alguns setores do varejo, como supermercados e construção, por exemplo, tiveram seus negócios acelerados com a pandemia, é inegável que as soluções de crédito são grandes impulsionadoras para os negócios.
O cartão de loja ou de marca é um grande aliado à estratégia de vendas. Quando o varejista leva o cartão de loja para dentro do negócio, ganha um potencial enorme de negociação. Ele tem a opção de oferecer benefícios exclusivos, descontos, poderá entender a jornada de consumo, as necessidades de crédito de seus clientes e, sobretudo, fidelizá-los, uma vez que a emissão do cartão de loja é de uso exclusivo para o varejista parceiro.
Varejistas que investiram em promoções atrativas para seus consumidores, conseguiram alcançar bons resultados. Alguns deles aumentaram suas bases de clientes, em pouco tempo. E mesmo durante a pandemia viram o ticket médio de consumo se manter em níveis altos. O gasto médio dos clientes nas regiões Sul e Norte é de R$352, já no setor de construção o gasto é mais alto, com média de
R$543. A recorrência mensal dos clientes que usam o cartão de loja no varejo parceiro é superior a duas vezes por mês, chegando a três vezes na região Sul.
Sem burocracias, como a necessidade de ter uma conta em banco, por exemplo, para aprovação do cartão, o varejista abre vantagem frente à concorrência e pode, inclusive, fidelizar o cliente, garantindo que as compras sejam realizadas com mais recorrência nos estabelecimentos. As novas soluções financeiras de crédito também estão ajudando a inserir milhões de desbancarizados, classificados pelo mercado durante a pandemia de Covid-19 como “invisíveis”, em razão das dificuldades do governo federal para fazer o pagamento do auxílio emergencial.
O varejo entendeu que os cartões de loja representam a única opção para 60 milhões de pessoas, que ainda não têm uma conta em banco, segundo o Banco Central. “Há um caminho sólido e próspero para a transformação social dessas pessoas”, resume o CEO da UZE. O cartão de loja permite que esse consumidor tenha uma linha de crédito e acesso a uma rede de vantagens. “Esse indivíduo tende a consumir apenas na loja parceira. Por isso, será fiel, gastará mais e, potencialmente, poderá ter acesso a seguros e outros produtos financeiros, finaliza Luciano Brito. – Fonte e outras informações: (https://uzecomvoce.com.br).