Jarlon Nogueira (*)
A obstrução do Canal de Suez em 2021 contabilizou quase US$ 10 bilhões em perdas, segundo a Lloyd’s List. Já no Brasil os efeitos da greve dos caminhoneiros de 2018 e o bloqueio das rodovias prejudicou milhões de brasileiros e empresas. Esses incidentes destacaram o quanto a economia global depende do transporte e, ainda, quão frágil é o ecossistema de logística.
Nos últimos anos houve muitas inovações em escala macro na área logística e, para impulsionar a inovação e tornar as cadeias de suprimentos mais resilientes, cresce em todo o mundo o movimento Open Logistics.
Ao seguir os mesmos moldes do Open Finance e Open Insurance — que estão revolucionando as áreas bancária, financeira e de seguros — o Open Logistics incorpora a utilização de tecnologias disruptivas para promover a digitalização dos processos logísticos.
A sua realização só é possível a partir da inovação aberta, um paradigma de negócios em que a inovação é desenvolvida não inteiramente dentro de uma empresa, mas como co-desenvolvimento ou em colaboração com organizações externas (laboratórios de pesquisa, fornecedores, clientes, startups, etc.).
Mas o que as tecnologias que compõem o Open Logistics podem trazer quando o assunto são benefícios?
- Melhoria da rastreabilidade
As operações logísticas sofrem com a falta de transparência e rastreabilidade, situação que leva principalmente ao desperdício. A inovação aberta preenche essas lacunas, incentivando o trabalho conjunto entre empresas e transportadores. Mais recentemente, inovações disruptivas melhoraram ainda mais a eficácia dessas colaborações. Dessa forma, a rastreabilidade garante a alta qualidade do produto e reduz as perdas.
- Transformação da gestão das cargas
O compartilhamento de conhecimento entre as transportadoras e as empresas também facilita a geração de relatórios de dados precisos e em tempo real. Isso permite que as empresas rastreiem as emissões e tomem medidas para monitorar e reduzir as emissões em suas cadeias de suprimentos. Além disso, a inovação mantém as cadeias de suprimentos mais curtas e incentiva a circularidade que, por sua vez, melhora a sustentabilidade.
- Aumento da resiliência
À medida que as empresas crescem, elas são mais lentas para responder às mudanças em seu ambiente. Plataformas inteligentes as tornam mais ágeis e, consequentemente, mais resilientes às mudanças. O compartilhamento de conhecimento entre fabricantes e transportadores torna ambas as partes flexíveis para interrupções na cadeia de suprimentos.
O mundo hoje passa por uma profunda transformação. Até agora, os processos logísticos existiam em um ambiente fechado — os chamados silos. Mas, com a chegada de novas tecnologias, o setor deve caminhar cada vez mais rápido e se fortalecer. A emergência do mundo ‘inteligente’ é um dos resultados, criando interação entre os diferentes ecossistemas.
Para muitas empresas, o gerenciamento da cadeia de suprimentos envolve diversas oportunidades perdidas. Em vez de terem uma operação logística que agrega valor, a realidade é repleta de erros que custam tempo e dinheiro.
A sua organização precisa evoluir rapidamente, procurando parceiros que sejam capazes de identificar, mapear e monitorar todas as operações ligadas ao transporte rodoviário.
Uma medida que pode trazer confiança é a utilização de uma transportadora digital. A transformação faz parte do seu DNA e toda inovação desenvolvida é repassada para a empresa embarcadora.
Com a utilização de tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial e Machine Learning, todos os fretes contratados são centralizados e disponibilizados em tempo real. Inclusive no smartphone é possível ver informações de cada carga com segurança e rastreamento via GPS. Os motoristas parceiros são checados em profundidade.
Deixe a tecnologia tomar conta dos seus processos. O Open Logistics é o futuro do transporte aplicado hoje.
(*) É CEO da AgregaLog — transportadora digital que oferece soluções inovadoras de logística de transporte para a indústria.