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2024 está mesmo ruim para cargos de liderança?

em Negócios
quinta-feira, 08 de agosto de 2024

Marcelo Arone (*)

Este tem sido um ano de demandas mais pontuais e teremos um semestre desafiador pela frente. O que começou com uma perspectiva favorável em janeiro, em boa parte, não se concretizou.

O atraso no corte de juros, a preocupação com o cenário fiscal do país, a eterna influência política na economia puxaram o freio de mão, e isso significa que as empresas estão contratando menos, mas também que estão investindo mais em contratações que realmente valham a pena.

O mercado de contratações se baseia em perspectivas. Nenhuma empresa se arrisca a fazer um plano agressivo de expansão se não houver garantias mínimas de que esse investimento em pessoas vai retornar em 1 ou 2 anos. Se, de um lado, as companhias estão sendo mais criteriosas em suas contratações, do outro, é possível voltar a pensar em construir carreira, investindo mais esforço nos ganhos futuros.

Os números da INFOJOBS para o Valor Econômico só mostram que as empresas estão investindo valores menores, pensando no médio prazo. Ou seja: quem é líder, vai precisar se atualizar para seguir relevante. Aparentemente, as portas estão abertas para os jovens talentos, mas não estão fechadas para os seniores. Pelo contrário, quem investe pesado, vai querer investir com 100% de certezas.

. O que podemos perceber:

  • A gestão tende a ser uma área mais ágil e menos engessada;
  • As empresas estão se reestruturando, com foco em investimentos menores e que darão retorno com o tempo;
  • Quem está no mercado precisa se atualizar.

Então, o que fazer? – Apesar do ano morno, há luz no fim do túnel! Quem está empregado e quer dar um gás na carreira para, de repente, conseguir uma promoção, precisa urgentemente investir em soft skills. Treine suas habilidades pessoais e comportamentais para ser um agente de transformação e cuide da saúde mental para trazer leveza e impactar seus times, esse perfil “coringa” é sempre bem aceito pelos pares e buscado pelos gestores.

Quem busca uma mudança na carreira, além de seguir a dica acima, precisa investir em skills mais técnicos em áreas que ajudem a diferenciar o currículo da média de mercado.

Áreas como Inteligência Artificial e Gestão Humanizada estão em alta, assim como saber trabalhar dados e gerar estratégias assertivas são necessidades presentes em todos os nichos, de RH até Tecnologia, passando por Negócios, Vendas, Operações etc. Estar atualizado com essas tendências transmite sabedoria, algo que nunca será demais

(*) – Sócio Fundador da OPTME RH, é headhunter e especialista em empresas que passam por processo de transformação e profissionalização (https://optme.com.br/.