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Transações em Pix crescem e abrem portas para o Embedded Finance

em Mercado
quinta-feira, 18 de julho de 2024

Antes de o Pix trazer as transações instantâneas para o Brasil, em 2020, as pessoas bancarizadas levavam alguns minutos, horas ou até dias para que uma transferência fosse concluída e finalmente aparecesse no saldo da conta.

Mas a modalidade foi rapidamente integrada à rotina da população e, em 2023, pagamentos via Pix corresponderam a quase 40% do total de transações, de acordo com o Banco Central. E esse número ainda deve aumentar — o DOC e o TED, as operações mais utilizadas até então, foram extintas em fevereiro.

O Pix, uma forma de pagamento instantânea, digital e gratuita, caiu no gosto dos brasileiros e o volume transacionado só cresce. Entre os dias 6 e 7 de junho de 2024, o meio de pagamento bateu um novo recorde, com mais de R$ 400 milhões em operações em apenas 48 horas. O teto anterior era de R$ 201,6 milhões, no dia 5 de abril, deste ano.

A facilidade e preferência do consumidor pelo Pix está abrindo as portas para as empresas de Embedded Finance — isso porque os vendedores que desejam incluir o Pix no checkout de seus e-commerces, indo além das formas tradicionais de pagamentos, como boletos bancários e cartões de crédito, o fazem por meio do serviço de startups de finanças embarcadas. Esse já é um segundo passo da digitalização financeira do mercado.

De acordo com Ticiana Amorim, CEO da Aarin, hub de techfin especializado em Pix e Embedded Finance, as finanças embarcadas já são aplicadas nos marketplaces e e-commerces, e logo devem estar em qualquer compra digital. “Quando você disponibiliza o pagamento ainda dentro da jornada de compra do cliente, sem que ele tenha de ir a outro app concluir a transação, suas chances de concretizar a venda aumentam. Tudo deve estar dentro deste mesmo ponto de contato com o cliente”, explica.

A empresa, inclusive, iniciou seu processo de internacionalização, começando pelo Reino Unido, um dos pioneiros em transações real-time, com o Faster Payments. “A Aarin hoje possui base sólida no Brasil, e vimos no Reino Unido uma oportunidade de levar nossa expertise para outros cantos do mundo. Queremos captar novos clientes e expandir nossa solução, propiciada pelo ambiente regulatório britânico, que é um grande facilitador nesse sentido”, diz Ticiana.

Ticiana destaca que, no Brasil, o Pix vai continuar se consolidando como a transação mais utilizada, mesmo no pagamento de boletos. “Antigamente, o boleto oferecia apenas o código de barras, mas hoje já é possível embutir o QRcode do Pix, no bolePix. Isso aumenta o giro das empresas, que começam a receber os pagamentos mais rapidamente”, reforça.

Apesar de não existir Pix em outros países, novas formas de transação real time são usadas por outras nações. Nos Estados Unidos existe o Fed Now, um meio de pagamento similar ao Pix brasileiro, criado pelo Banco Central norte-americano, o Fed (Federal Reserve). Lançado em 2023, o serviço já conta com mais de 800 instituições financeiras conectadas. A China e a Índia também têm seus próprios sistemas de pagamentos instantâneos. – Fonte e outras informações: (https://aarin.com.br/).