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Por que as big techs estão demitindo os colaboradores?

em Mercado
quarta-feira, 22 de março de 2023

Rubens Moura (*)

Com a concorrência, é comum diminuir a concentração de poder de algumas empresas. Antigamente, poucos segmentos de tecnologia investiam em serviços e produtos. Hoje, as organizações perdem fatias de mercado, devido à forte disputa por consumidores, o que resulta na queda da demanda por mão de obra e o aumento do desemprego. Utilizando as big techs, as empresas podem utilizar esses espaços para comercializar variados produtos e serviços.

Com a necessidade dos usuários em opções personalizadas, parte dessas demandas acabou sendo suprida por outros espaços. O Twitter, por exemplo, concorre com o aplicativo chinês Sina Weibo. Já o YouTube tem, entre os concorrentes, o Dailymotion e o Vimeo. O crescimento dessas plataformas pode ser considerado fruto da insatisfação dos usuários, que buscam por serviços inovadores, o que contribui para perda de espaços e valor de mercado das grandes empresas de tecnologia.

Durante a pandemia, houve um crescimento das big techs devido às necessidades que surgiram neste período. As plataformas virtuais passaram a atender a população ofertando serviços de entrega, informações sobre produtos e até mesmo em divulgações. O mercado digital cresceu e alguns segmentos apresentaram um destaque no faturamento. O Youtube, por exemplo, libera alguns serviços a partir de mil usuários no canal.

Nesse momento, muitas empresas correram contra o tempo para alcançar a meta e ter a oportunidade de transmitir mais conteúdo. Em outras redes como, Instagram e Facebook, também ocorreu o aumento de propagandas pagas. O mercado tecnológico continua em ascensão, pois é uma preferência e um novo hábito, principalmente dos jovens, para estudos, pesquisas e até mesmo realizar as atividades profissionais.

Um dos grandes desafios é a disputa crescente de mão de obra qualificada no segmento da tecnologia. Apesar desse cenário, as demissões nas big techs permanecem em alta, com a demissão de mais de sete mil pessoas e fechamento de alguns escritórios no mundo. O outro lado da moeda nos faz acreditar que a presença cada vez mais constante da Inteligência Artificial, a Internet das Coisas, Big Data, entre outros recursos da tecnologia, poderão demandar por profissionais que foram dispensados.

(*) – É professor de ciências econômicas da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio.