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Não me enquadro no perfil executivo. Não terei sucesso profissional?

em Mercado
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Em 2021, o Brasil teve um recorde de empresas abertas. De acordo com o Boletim do Mapa de Empresas do Ministério da Economia, ao todo, foram mais de 1,4 milhão de novos negócios. Porém, cerca de 484 mil empresas acabaram fechando as portas também em 2021. 

Atualmente, no país, existem aproximadamente 18 milhões de empresas ativas e, apesar dos recentes incentivos à cultura do empreendedorismo, existem diversas pessoas que não se encaixam no perfil de liderança, o que, por vezes, pode causar uma grande frustração, já que, o ‘ser executivo’ é visto quase como um sinônimo de sucesso profissional e, consequentemente, financeiro. “Talvez você já tenha se deparado com chamadas do tipo: saiba como se tornar um executivo de sucesso ou algo parecido. Porém, nem todo mundo nasceu para liderar um negócio e está tudo bem”, afirma Jennifer de Paula, BBA e diretora de marketing e gestão.

Para ela, o trabalho do líder não é apenas criar uma nova empresa, ele deve ter habilidades para desenvolver outros profissionais, ter alto nível de criatividade e inovação, além de flexibilidade para mudanças e outras diversas características que são compartilhadas por CEOs de sucesso em todo o mundo.

Por isso, se um indivíduo não tem o perfil de liderança, ele pode procurar outras vertentes que o levarão ao sucesso na carreira dentro das possibilidades dele. “Você não precisa ser o dono da Coca Cola para ser um grande diretor de marketing, faturando uma média salarial de mais de 46 mil, ou ser o presidente de um time de futebol para ser um excelente jogador e garantir salários milionários, por exemplo. O  mercado é um grande trabalho em equipe e não existe profissão que ‘dá dinheiro’, existem profissionais que se destacam em suas profissões, por, na maioria das vezes, escolherem estar no cargo correto para suas habilidades”, pontua a especialista.

Jennifer acredita que para conhecer suas habilidades, pode-se procurar por testes vocacionais que irão considerar o perfil psicológico, a personalidade, o histórico acadêmico, as preferências, as habilidades naturais e os objetivos pessoais de cada pessoa individualmente. “Se você tem dificuldades em ter um bom relacionamento interpessoal, liderar, ter visão estratégica, tomar de decisões, dominar outros idiomas, ter compromisso e responsabilidade, ter uma formação acadêmica ou manter a sede de aprendizado, chegou o momento de pensar em se dedicar em ser um bom funcionário para que seu desempenho traga um melhor retorno financeiro ao invés de se arriscar em um cargo fora de seu perfil”, aconselha.