A inserção no mercado durante a pandemia não tem sido uma tarefa fácil, ainda mais para mulheres que estão entrando na casa dos 40 anos. Segundo o IBGE, a participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou pelo 5° ano consecutivo, mas os salários ainda continuam baixos. Para elas, a remuneração é em média 22% menor que a de homens, que chega até 38% a mais em cargos gerenciais.
Um dos pontos positivos de contratar uma profissional mulher nesta idade é a lealdade e envolvimento, pois a chance de mudança de emprego é muito menor. O senso de responsabilidade e comprometimento também é forte, já que, na maioria das vezes, há plano de carreira dentro das organizações e estabilidade na vaga.
“Com certeza o comprometimento com as funções e as grandes responsabilidades atribuídas à essas mulheres são as principais razões da contratação” afirma Maria Emilia Leme, Job Hunter e especialista em recolocação profissional. Entretanto, profissionais do sexo feminino com mais de 40 anos possuem vasta experiência, e isso para o mercado de trabalho é relativamente caro.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Linkedin em 2021, existem poucas vagas com a categoria Sênior e, com a pandemia, a contratação de mulheres para cargos de liderança regrediu. A alternativa, então, é buscar se aperfeiçoar no que já se sabe fazer, atualizar cursos e currículos, para assim subir alguns pontos na hora de uma seleção. “O importante é buscar um especialista para descobrir o que é mais adequado ao perfil dela, porque todo recomeço exige uma definição de prioridades, planejamento e, principalmente, a prioridade do bem-estar físico e emocional”, completa Maria Emília.
Nos últimos dois anos o empreendedorismo também foi uma forma de entrar no mercado de trabalho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios. No segundo semestre de 2021 o número de mulheres empreendedoras formais no país cresceu 29%, contra 16% no público masculino, um número que tende a ser bem maior em 2022.