Se a pandemia revelou uma coisa sobre a indústria pet é que o segmento é resiliente e se encontra em rápida expansão. Mesmo tendo que enfrentar uma recessão econômica, o mercado pet arrecadou mundialmente US $ 232,3 bilhões, apresentando um crescimento de 6,1%, segundo estimativas da Global Market Insights. E a expectativa é de que o setor alcance uma receita de US $350,3 bilhões em 2027.
De acordo com o relatório, o crescimento nos próximos anos ocorrerá por conta da expansão de tecnologias inteligentes, como coleiras GPS para os animais, câmeras, alimentadores automáticos e outros dispositivos inteligentes que tornam a vida dos tutores mais fácil. Contudo, a falta de conscientização sobre esses serviços nos países emergentes pode trazer empecilhos para a expansão do mercado.
O número crescente de tutores de animais de estimação, o aumento da conscientização sobre saúde veterinária e a mudança das tendências demográficas em todo o país também contribuirão para a expansão do mercado. Cerca de 53% dos domicílios brasileiros contam com cães ou gatos, segundo a pesquisa Radar Pet 2020, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac). No total, são mais de 37 milhões de pets no Brasil. Há uma média de 1,72 cães e 2,01 gatos por lares brasileiros.
Os gatos, em geral, são os pets de entrada (o primeiro contato de pessoas com os animais de companhia) e contam com um crescimento 3 vezes maior do que os cães dentro do Brasil. As estimativas da Comac apontam que a população total de cães e gatos no país deve chegar a cerca de 101 milhões de animais até 2030. Outro fator que tem impulsionado o setor pet são os alimentos, rações e petiscos.
Os tutores estão cada vez mais preocupados com a alimentação de seus animais e conscientes dos impactos que eles têm na saúde do pet. Por conta disso, a maioria está disposta a pagar mais por alimentos que atendam às necessidades alimentares de seus animais de estimação. Os brasileiros gastam por mês cerca de R$ 102 com a alimentação de cães e R$ 69,40 com comida para gatos.
Além disso, os tutores mais jovens estão dispostos a desembolsar um valor mais alto para adquirir produtos que sejam sustentáveis, não agridam o meio ambiente e sejam saudáveis para os pets. No Brasil, as gerações Y e Z, de pessoas entre 16 e 39 anos, correspondem a 74% dos tutores, de acordo com a pesquisa da Comac. Isso demonstra as preferências da maior parte dos responsáveis. Cada vez mais, os brasileiros estão criando laços afetivos com seus pets.
A maioria enxerga os animais como um filho ou membro da família, tendo a saúde dos animais de companhia como tão importantes quanto das demais pessoas. Esse comportamento condiz com a expectativa de que aumente o investimento dos tutores no bem-estar dos animais, potencializando o crescimento do mercado pet. Fonte e outras informações: (www.sindan.org.br).