Anderson Santos (*)
Espaços conectados e habilitados digitalmente são o novo normal. Segundo pesquisa da consultoria McKinsey, quase dois terços das interações com clientes estão ocorrendo no mundo digital, e mais empresas vão mudar as operações remotas ou híbridas em longo prazo.
Em diversos ambientes, as ferramentas tecnológicas permitem uma maior inovação. Por exemplo, ferramentas de sala de aula conectadas possibilitam métodos de aprendizagem disruptivos, já as indústrias utilizam a tecnologia para monitoramento remoto, rastreamento e manutenção de ativos.
Essas inovações não são possíveis sem a funcionalidade de edge nos ambientes de TI distribuídos, que não podem funcionar sem energia e conectividade resilientes e confiáveis. Para alimentar implantações de edge adequadamente, as organizações devem adotar uma mudança de mentalidade, tratando o trabalho e a infraestrutura de nuvem como uma estratégia unificada, em vez de itens separados. A inovação de TI e a eficiência operacional se tornam simbióticas, medidas e gerenciadas em conjunto.
Mesclar TI e operações requer uma abordagem orientada por dados
O objetivo de uma estratégia unificada e a base de espaços conectados digitalmente habilitados é o acesso contínuo aos serviços de TI, independentemente de esses serviços residirem na edge, na nuvem ou em um data center. No entanto, os ambientes de TI distribuídos são especialmente vulneráveis a interrupções que ameaçam a disponibilidade da tecnologia. Desastres ambientais, conectividade ruim e atrasos na manutenção são apenas alguns dos desafios enfrentados por esses lugares.. As companhias que desejam concluir a mudança de mentalidade para operações unificadas e TI devem monitorar todas as facetas de sua infraestrutura e seu impacto.
As ferramentas de software que fornecem visibilidade em tempo real dos equipamentos podem ajudar as empresas à medida que avançam para um paradigma habilitado e conectado digitalmente. Com a TI distribuída significa que a equipe não precisa estar no local dos aparelhos, a análise baseada em dados pode avisar prontamente sobre possíveis falhas de equipamentos ou capturar o uso de energia à medida que as cargas de trabalho mudam.
Com a visibilidade em tempo real de toda a infraestrutura, é possível solucionar problemas com mais eficiência, diminuir os riscos de tempo de inatividade, reduzir os custos de manutenção e garantir que todos os componentes da infraestrutura recebam energia confiável.
As arquiteturas distribuídas também representam riscos de segurança, tanto digital quanto física. A proteção de dados está na vanguarda da maioria das organizações, mas os locais de infraestrutura remota também podem estar sujeitos à adulteração ou remoção por pessoas não autorizadas. O monitoramento relacionado à segurança também será um componente crucial de qualquer iniciativa de acompanhamento de ponta a ponta.
As operações conectadas dependem da disponibilidade consistente de tecnologia. E quaisquer vulnerabilidades tecnológicas podem levar a desafios operacionais. No entanto, nem toda organização possui os conjuntos de habilidades para implementar e manter o software de monitoramento remoto ou a mão de obra para despachar o pessoal de manutenção.
Tecnologia e parcerias aceleram a jornada para um futuro habilitado digitalmente
Como nem todas as organizações estão equipadas para gerenciar todas as variações da fusão de tecnologia e ações, a construção de um ecossistema de parceiros será fundamental para o sucesso. Os parceiros podem ser desde distribuidores a integradores e até mesmo consultores que fornecem habilidades e conhecimentos que a força de trabalho de uma empresa pode não possuir.
Ao trabalhar com especialistas, as companhias obtêm conexões com serviços específicos prestados, além de maior amplitude de conhecimento e acesso à expertise e tecnologias inovadoras.
À medida que as interações digitais com os clientes continuam a evoluir e proliferar, a transformação em operações conectadas e habilitadas digitalmente se torna uma questão de “quando” e não “se”. Essa transformação pode trazer inúmeros benefícios, incluindo melhorias na eficiência, redução de riscos e aprimoramento da postura de segurança, além de serem mais sustentáveis.
As empresas só poderão desbloquear esses benefícios quando unificarem com sucesso a TI e as execuções em uma estratégia. A jornada será desafiadora, mas investimentos na tecnologia certa e em relacionamentos sólidos com parceiros podem facilitar e acelerar a transformação, desbloqueando um novo potencial e vantagens competitivas.
(*) É Gerente de Marketing Estratégico para Secure Power na Schneider Electric.